01 Setembro 2009 - 22:27

Dona de casa faz denúncia contra filhos de oficial da PM

OAB
Michele Domingos fez a denúncia ao presidente da CDH, Gilberto Irineu

A dona-de-casa Michele Domingos Pontes, esteve, na manhã de hoje, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas, para denunciar que seu irmão, o mecânico, Alexsandro Domingos Pontes, 30, está internado no Hospital Geral do Estado (HGE), com traumatismo craniano, após ter sido espancado por quatro homens, identificados apenas por Jobson, Robson Júnior Moab e Henrique. Segundo a irmã da vítima, dois deles seriam filhos de um oficial da Polícia Militar (PM), conhecido como Robson Soares. Michele Domingos denunciou que a agressão teria acontecido no último dia 22, em um Posto de Combustíveis Liderança, próximo ao Conjunto Salvador Lyra, e foi registrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento. A irmã da vítima contou ainda que a vítima havia sido agredida brutalmente na cabeça com socos e pontapés, mesmo estando desacordada.

Michele Domingos contou que Alexsandro teria chegado ao posto de combustíveis em seu carro, aberto o porta malas de seu veículo, ligado o som. "Ele dançou com uma garota que não teve a nome identificado. Logo após ter dançado com a jovem, o mecânico teria se afastado por alguns metros de seu veículo e, em seguida, conversado com um grupo de amigos. Ao retornar para próximo de seu veículo, as agressões tiveram início", disse Michele Domingos. A irmã da vítima diz não saber informar qual foi o motivo que gerou a agressão contra o mecânico.

“Meu irmão [Alexsandro] foi surpreendido com um chute nas costas dado por Jobson, onde acabou caindo e sendo agredido pelos outros três rapazes”, contou Michele Domingos. A irmã da vítima revelou que a sessão de espancamento durou cerca de 25 minutos e os agressores chegaram a pular na cabeça de seu irmão mesmo ele estando desacordado.

Michele Domingos afirmou ainda que mesmo com a presença de várias testemunhas, uma guarnição da PM que esteve no local, deteve dois dos agressores, mas em seguida acabou soltando a dupla, alegando não ter provas contra eles. Segundo ela, os militares chegaram até a registrar ocorrência. Ela denuncia também que o oficial que é pai de dois agressores chegou ao local do acontecimento e levou seus filhos para casa.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, Gilberto Irineu, disse que vai encaminhar ofício junto com o Termo de Declaração da irmã da vítima ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, onde solicitará a designação de um promotor especial para acompanhar o caso. Irineu disse também que vai fazer ciência do caso ao delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, bem como ao comandante-geral da PM, coronel Dalmo Sena, e ao Conselho Estadual de Segurança.

 

por Assessoria/OAB

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