24 Dezembro 2009 - 00:01

Branco deixa o Fluminense na mão mais uma vez

GE
Branco quer receber o que a justiça determinou

O ex-lateral da Seleção Brasileira, Branco, dirigente do Fluminense pela segunda vez em menos de 18 meses, acabou de deixar o time das Laranjeiras, por conta de uma antiga dívida trabalhista do clube para com ele. A ação já foi julgada e o clube carioca foi obrigado a pagar a quantia de R$ 5 milhões ao tetra-campeão mundial, valor esse que ainda não foi pago.

Nesse ano de 2009, quando o time tricolor carioca caminhava célere para o rebaixamento, a sua diretoria, mesmo sabendo da dívida trabalhista que deveria quitar, procurou Branco para assumir a coordenadoria de futebol do clube. Na ocasião, o tetra-campeão se dispôs a colobarar com o time carioca, sem entretanto, abrir mão do montante que tinha para receber. Essa determinação vai de encontro inclusive a norma do próprio Fluminense, que proíbe o pagamento de dois valores distintos a qualquer funcionário.

O imbróglio envolvendo a renovação de contrato de Branco se arrastou pelas últimas duas semanas. Contrários ao pagamento da dívida, membros da cúpula do futebol tricolor eram contra a permanência do coordenador de futebol, mas Celso Barros, presidente do patrocinador, exigia a continuidade. Amigo particular do campeão do mundo, ele, inclusive, teria condicionado a manutenção do patrocínio ao acordo com o ex-jogador. Sendo assim, a parceria entre Fluminense e Unimed segue indefinida.

 A polêmica negociação com Branco interferiu também nas ações do clube no mercado. Enquanto não define a continuidade do patrocinador, o Tricolor fica sem poder financeiro e, apesar de ter traçado prioridades com nomes e posições, perdeu espaço no momento de investir em reforços. O Fluminense deve R$ 5 milhões ao ex-jogador. A Justiça bateu o martelo e o Tricolor, além dos salários, teria que pagar R$ 75 mil por mês ao dirigente, mais 30% das receitas do clube.

É bom dizer que, após a equipe conseguir a proeza de escapar do rebaixamento, Branco notou uma nítida indiferença dos demais diretores para com ele, antevendo que teria dificuldades para permanecer nas Laranjeiras , por querer receber o que lhe é de direito, pois a justiça já deu ganho de causa ao ex-jogador.

por Robson Lessa | Esporte

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