22 Fevereiro 2020 - 21:32

ONG cria canal para apoiar vítimas de transfobia no carnaval do Rio

Travestis, transexuais e pessoas que vivem com HIV e aids poderão pedir apoio jurídico, psicológico e de assistência social gratuito caso sejam vítimas de discriminação durante o carnaval do Rio de Janeiro. O serviço será prestado pelo núcleo TransVida, criado pelo Grupo pela Vidda-RJ, organização não governamental que atua há 30 anos na defesa dos direitos dos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e das pessoas que vivem com HIV.

Os contatos com os profissionais poderão ser feitos a partir de hoje (22), pelo WhatsApp (21) 99810-0012. Equipes poderão ir ao local da denúncia caso ela seja na capital fluminense.

A advogada transexual Maria Eduarda Aguiar, que preside o Grupo Pela Vidda, afirma que o atendimento será feito de forma humanizada e por profissionais preparados para atender ao público-alvo do programa.

Violência contra a mulher

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro também se mobilizou com mulheres integrantes de 60 blocos para distribuir 10 mil ventarolas contra o assédio em blocos da cidade. Usadas pelos foliões para se abanar no calor do carnaval de rua, as ventarolas contêm contatos de serviços de proteção à mulher, como o Disque 180, as delegacias especializadas, o Centro Integrado de Atendimento à Mulher, o Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública e a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio.

Uma cartilha online também pode ser consultada para orientações sobre como identificar um caso de assédio, o que a lei diz sobre essa forma de violência e como denunciá-la. O documento foi preparado no ano passado em parceria com organizadoras do bloco Mulheres Rodadas e traz orientações como a importância de registrar as denúncias e formas de diferenciar uma agressão de uma paquera.

"As cantadas ofensivas e a importunação física não são formas de conhecer pessoas para um relacionamento íntimo. Uma paquera acontece com consentimento de ambas as partes: é uma tentativa legítima de criar uma conexão com alguém que você conhece e estima. Paquera não deve causar medo, nem angústia. Logo, é fundamental saber aceitar um “não” como resposta", diz um trecho da cartilha.

por Agência Brasil

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