09 Fevereiro 2018 - 10:27

Carnaval no Sambódromo da Marquês de Sapucaí começa hoje no Rio

O carnaval no Sambódromo da Marquês de Sapucaí começa hoje (9) com a série A das escolas de samba do Rio. Serão dois dias de apresentações de 13 agremiações na luta pelo título que permitirá a ascensão ao Grupo Especial. Nesta sexta desfilarão a Unidos de Bangu, Império da Tijuca, Acadêmicos do Sossego, Unidos do Porto da Pedra, Renascer de Jacarepaguá e fechando o primeiro dia a Estácio de Sá. No sábado entram na disputa pelo campeonato Alegria da Zona Sul, Acadêmicos de Santa Cruz, Unidos do Viradouro, Acadêmicos da Rodinha, Acadêmicos do Cubango, Inocentes de Belford Roxo e encerrando as apresentações do grupo, a Unidos de Padre Miguel.

A maioria delas já esteve na elite do carnaval carioca. Apenas a Sossego e a Alegria não tiveram ainda esta experiência. Para duas delas o gosto do Grupo Especial tem sabor diferente. Em 1992, a Estácio de Sá foi campeã com o enredo Pauliceia Desvairada - 70 anos de Modernismo, dos carnavalescos Mário Monteiro e Chico Spinoza. Em 1997 foi a vez da Viradouro conquistar o título com Trevas!Luz! A explosão do Universo, com enredo de Joãosinho Trinta.

Em 2018, a Estácio completa 90 anos e vai levar para a avenida o enredo No pregão da folia, sou comerciante da alegria e com a Estácio boto banca na Avenida, proposto na escola pelo intérprete do samba Serginho do Porto e desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, que está há seis anos na Estácio.

As dificuldades financeiras este ano bateram forte na escola, mas os problemas foram contornados em grande parte com o apoio da comunidade. “A gente está com a comunidade muito motivada, com um trabalho incrível de voluntariado dentro do barracão. A comunidade foi incrível está acreditando muito nesse campeonato. É o momento da escola, um momento em que a Estácio precisa desse título. São 90 anos de uma escola de muita tradição. O enredo é muito bacana e fala do comércio popular carioca. A gente está esperando muito o título. Claro, que a gente respeita as coirmãs, mas a gente está entrando com humildade para fazer o nosso carnaval e acreditando”, apontou Zanon, de 31 anos, que faz aniversário justamente nesta sexta.

Para o carnavalesco a participação da comunidade que foi definitiva para realizar o carnaval deste ano. “A gente conseguiu motivar nossa equipe do início ao fim e isso fez toda a diferença para conseguir construir este carnaval. Não existe crise quando você tem uma equipe e uma comunidade motivada”.

Zanon contou ainda que o trabalho no barracão utilizou muito a reciclagem de fantasias antigas e de alegorias. “Fizemos um carnaval de reciclagem e de qualidade, com muita fantasia antiga. A gente tratou da melhor maneira possível o que tinha dentro do barracão do carnaval passado”.

O carnavalesco revelou que além disso surgiu a colaboração de escolas do Grupo Especial, que cederam materiais. “Tivemos ajuda da Mocidade [Independente], da Grande Rio, da [Unidos] Tijuca e de parceiros, amigos de carnaval que nos ajudaram, com material e uma série de apoio até profissional”, contou, acrescentando que por tudo isso a escola entrará na Marquês de Sapucaí na briga pelo campeonato. “Sem dúvida a gente está se sentindo forte. Tem que respeitar essa tradição. É o berço do samba e a gente fez um carnaval digno para disputar”. 

por Agência Brasil

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