06 Abril 2021 - 14:35

Museu Nacional lança livro sobre resgate de acervo atingido por fogo

O Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançou hoje (6) o livro 500 dias de Resgate: Memória, Coragem e Imagem sobre o trabalho de recuperação dos acervos atingidos por um incêndio em setembro de 2018.

A obra apresenta um panorama do trabalho realizado pela equipe de resgate do Museu Nacional/UFRJ ao longo de 500 dias, além de imagens e depoimentos dos pesquisadores envolvidos. Nesse período, foram recuperados cerca de 5 mil lotes, reunindo objetos de grande importância que integravam 14 das 25 coleções que se encontravam no palácio.

Resgate

Logo após o incêndio, ainda em 2018, a equipe de resgate, composta por 76 técnicos, professores, estudantes e profissionais terceirizados, passou a trabalhar pela recuperação do maior número possível de peças do acervo do museu. Em uma área total de 21 mil m², sendo 11.417 m² de área construída, o Paço de São Cristóvão abrigava aproximadamente 5 mil itens nas salas de exposição e 3,5 milhões de itens no acervo da seção de Memória e Arquivo.

Dentre as peças resgatadas destacam-se o crânio de Luzia, esqueleto mais antigo descoberto no Brasil; o escaravelho coração e outros oito amuletos que estava no interior do sarcófago da múmia Sha-Amun-em-Su; os afrescos de Pompeia, que já haviam sobrevivido à erupção do vulcão Vesúvio; parte da Coleção Werner, a coleção mais antiga do Museu Nacional; o Psaronius brasiliensis, primeiro fóssil de vegetal registrado para o Brasil; além de pterossauros da Coleção de Paleovertebrados e meteoritos como o Bendegó e o Santa Luzia.

Após serem resgatadas, as peças passaram por uma triagem, onde foram fichadas, fotografadas, identificadas e limpas. A fase seguinte, a da estabilização, garantiu que os danos e as alterações nas peças não se agravassem. Por fim, todo o material foi acondicionado em embalagens personalizadas para evitar novos prejuízos.

Atualmente, a equipe integrada por 30 pessoas finaliza o trabalho em três salas e, em seguida, iniciará o inventário dos acervos, pelo qual será possível ter mais informações sobre cada peça resgatada e o estado de conservação após o incêndio.

por Agência Brasil

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