03 Novembro 2010 - 16:41

Pastoril invade projeto Engenho de Folguedos

O Engenho de Folguedos, iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), que apresenta os diversos movimentos culturais alagoanos, traz neste mês de novembro o projeto “Viva o Natal”, que reúne grupos de pastoril. A primeira apresentação acontece nesta quarta-feira, 3, no pátio do Museu Palácio Floriano Peixoto, a partir das 20h.

O “Viva o Natal” pretende despertar a sociedade para o valor das tradições populares, estimulando a preservação do folguedo (pastoril) como grande tradição natalina, oportunizando e incentivando a criação de novos grupos.

Abrindo os festejos, o pastoril Menino Jesus, do bairro da Cambona, abre a programação do III Encontro de Pastoris. Criado em 1997, por Jeanne D’arc e suas amigas, o grupo pretendia homenagear e relembrar a beleza do Pastoril da Catedral, coordenado por D. Edna Vasconcelos nos anos 80. Após um ano de trabalho, houve um afastamento de suas amigas e o seu esposo, José Vanildo assumiu a coordenação do grupo até hoje.

Segundo Jeanne D’arc, atualmente filhas e sobrinhas, além de amigas fazem parte do grupo. “Com muita amizade, fé em Deus e perseverança, nosso pastoril tem se mantido vivo até hoje. Tenho o prazer e a satisfação de contribuir com a cultura popular alagoana”, ressalta Jeanne.

Durante todo o mês de novembro, a Secult com o apoio da Associação dos Folguedos de Populares de Alagoas (Asfopal), apresentam dois grupos de pastoris toda quarta-feira – sempre grupos da capital e do interior.

O folguedo - O pastoril é um dos mais conhecidos e difundidos folguedos natalinos de Alagoas. É uma fragmentação dos presépios, já conhecidos no século XVI, quando eram dramatizados nos salões da realeza portuguesa. Os presépios foram evoluindo, dando origem aos pastoris, com jornadas soltas, canções e danças religiosas e profanas, acompanhados por instrumentos de corda, sopro e percussão. E, somente, as pastoras acompanham com o auxílio do pandeiro.

Os personagens são a mestra e a contra mestra, encabeçando as cordões encarnado e azul, respectivamente, e a Diana, além as figuras, da cigana, da florista, o velho Simão, a borboleta, os dois pastores e o anjo.

Mas, cada pastoril tem sua beleza particular, variando de acordo com o modo de cada mestre ou coordenado, mas sempre formando cantos faz louvação ao nascimento do menino Jesus.

 

por Agência Alagoas

Comentários comentar agora ❯