30 Janeiro 2010 - 14:39

Amorim minimiza veto à entrada de diplomata brasileira em Honduras

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tentou hoje (30) minimizar o veto à entrada da vice-cônsul do Brasil em Honduras, Francisca Francinete de Melo, ocorrido na tarde de ontem (29) em Tegucigalpa. Segundo ele, foi um “equívoco” e “mal-entendido”. O responsável por barrar a diplomata no aeroporto da capital, o diretor de Imigração, Willy Mejía, teria sido demitido por ordens do presidente hondurenho, Porfírio “Pepe” Lobo Sosa.

"Isso foi certamente um equívoco e um mal-entendido. Quando eu tomei conhecimento, o problema já estava até resolvido. Fui informado de que ela [a vice-côncul] vai poder entrar. Inclusive tenho informação [baseado em jornais] de que até o diretor de imigração havia sido demitido”, informou o chanceler em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta manhã.

Em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, o ministro Celso Amorim acrescentou que: “É um problema superado e um resquício de um regime que já terminou”. O veto à entrada da diplomata no país vizinho teria ocorrido em decorrência do rompimento das relações política entre Brasil e Honduras após o golpe de Estado – de 28 de junho de 2009.

Perguntado se o impedido ao ingresso da diplomata pode atrapalhar as relações com o governo de “Pepe” Lobo – empossado no último dia 27 –, Amorim afastou a hipótese. “Ao contrário, pelo que eu entendo, houve preocupação do governo do atual presidente de resolver imediatamente e [também de] tentar demonstrar que foi um mal-entendido”, disse ele.

Por 126 dias, a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa (capital de Honduras) abrigou o presidente deposto, Manuel Zelaya, e seus correligionários. Com a posse de “Pepe” Lobo, ele deixou a embaixada em direção à República Dominicana onde permanece como “hóspede” do governo do presidente Leonel Fernández.

Amorim participa hoje, em Davos, de uma reunião informal de ministros dos países que integram a Organização Mundial do Comércio (OMC). O encontro vai tratar da Rodada Doha – que reúne os países mais ricos do mundo e os desenvolvimento para a discussão sobre as possibilidades existentes para redução das barreiras comerciais. A reunião foi pedida pelo governo da Suíça.

 


 

por Agência Brasil

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