20 Outubro 2017 - 15:39

Oi aguarda decisão judicial para fazer assembleia de credores na segunda (23)

A empresa de telecomunicações Oi está preparada para realizar a assembleia de credores na próxima segunda-feira (23), mas ainda aguarda – para hoje (20) – a decisão do juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, sobre o adiamento da reunião. A informação é do presidente da Oi, Marco Norci Schroeder, em encontro nesta sexta-feira com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e outros representantes de empresas do setor.

“Alguns credores solicitaram o adiamento no sentido de poder evoluir na negociação. Quem vai determinar é somente o juiz. A empresa está completamente preparada”, disse. Schroeder acrescentou que o pedido de adiamento, para 27 de novembro, foi feito por bancos e alguns bondholders (detentores de títulos) “importantes”.

O presidente da Oi acrescentou que o adiamento prejudica a empresa por impedir “virar a página” desse assunto. “A gente fez muita coisa nesse último ano, acelerou investimento, melhorou muito a questão de qualidade, reduziu quase 30% das reclamações com a Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]”, disse.

O processo de recuperação judicial da Oi, iniciado em junho do ano passado, é o maior da história do país. A empresa acumula dívidas de mais de R$ 64 bilhões e tem cerca de 55 mil credores. Em linhas gerais, o plano de recuperação da Oi prevê capitalização de R$ 9 bilhões.

Desse total, parte viria da conversão de dívidas em participação acionária, cerca de R$ 3,6 bilhões; R$ 3,5 bilhões em dinheiro aportado por bondholders (investidores com interesse econômico no resultado da reorganização judicial de empresas) e R$ 2,5 bilhões vindos dos acionistas. A empresa espera conseguir consenso entre acionistas, bondholders e credores para que a proposta possa ser colocada em votação na assembleia de credores.

A Oi apresentou seu plano à Justiça no último dia 11 e um grupo de credores e detetores de papeis da telefônica criticou o plano. Em nota, o grupo disse que o objetivo do plano é proteger os atuais acionistas.

por Agência Brasil

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