19 Janeiro 2010 - 08:01

Ditadura chilena foi uma das mais violentas da América Latina

O governo do general Augusto Pinochet, de 1973 a 1990, foi um dos mais violentos da América Latina. O militar liderou o golpe de Estado que derrubou e assassinou o presidente socialista Salvador Allende e o Palácio de La Moneda, sede do governo, foi incendiado. Segundo relatos e imagens da época, o dia 11 de março de 1973 foi um dos mais longos e terríveis da história chilena.

Morto em dezembro de 2003, Pinochet foi responsável por inspirar admiradores incondicionais e críticos radicais. Mesmo afastado do governo, o general atuou nos bastidores políticos do país.

Um dos mais temidos ditadores da América Latina, Pinochet governou o Chile por 17 anos. Ele foi acusado de uma série de crimes, como o desaparecimento de cerca de 3 mil pessoas e ordens de tortura aos opositores do sistema, incluindo crianças e adolescentes.

Aos 91 anos, Pinochet morreu em consequência de enfarto e edema pulmonar. A morte de Pinochet gerou manifetações a favor e contra ele. Integrantes das Forças Armadas prestaram as últimas honras. As vítimas do regime militar promoveram um ato em homenagem a Allende em Santiago.

Recentemente o tenente Augusto Pinochet Molina, que é neto do ditador e conhecido como Pinochet III, fez um discurso crítico ao governo de Michelet Bachellet. O oficial acabou expulso da corporação por sua atitude, que foi interpretada como insubordinação.

O presidente eleito do Chile, Miguel Sebastián Piñera (Alianza), de centro-direita, afirmou, durante sua campanha, que os colaboradores da ditadura não devem ser punidos. Ao participar da cerimônia de inauguração do Museu da Memória e dos Direitos Humanos, Piñera ouviu apelos para que deixasse o local.
 

por Agência Brasil

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