18 Julho 2018 - 14:09

OEA se reúne pela 3ª vez para discutir violência na Nicarágua

A Organização dos Estados Americanos (OEA) se reúne nesta quarta-feira (18) pela terceira vez em duas semanas, para discutir a escalada da violência na Nicarágua. Cerca de 300 pessoas morreram em três meses de protestos contra o governo: nos últimos dias, as forças de segurança e grupos paramilitares, simpatizantes do presidente Daniel Ortega, realizaram “operações de limpeza”, para recuperar universidades ocupadas por estudantes e derrubar barricadas, erguidas em varias cidades do pais. A ultima delas, na terça-feira (17), na cidade de Massaya, resultou na morte de pelo menos três civis e um policial.

O chefe da policia de Massaya, Ramón Avellán, disse que estava cumprindo a ordem (de limpeza) do presidente e de sua mulher, Rosario Murillo, que também e vice-presidente. “Vamos cumpri-la, custe o que custar”, afirmou.

“Existe uma ação combinada das forças estatais da segurança, junto com grupos de terceiros armados, que no Brasil seria compatível com as milícias, para retomar o controle da país, por meio da força, ignorando o diálogo”, disse, em entrevista à Agencia Brasil, o secretario-executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Paulo Abrão. Com base em depoimentos das vitimas, imagens de enfrentamentos e analises balísticas, os investigadores da CIDH acusaram o governo nicaraguense de mandar “atirar para matar” os manifestantes. As vitimas – muitas delas jovens estudantes – foram baleadas na cabeça, no pescoço ou nas costas.

por Agência Brasil

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