17 Julho 2018 - 22:41

Renan declara apoio a Lula após visita e volta a combater nome de Meirelles

Foto: Cláudio Kbene/PT
Renan aproveitou visita ao ex-presidente Lula para declarar apoio à candidatura petista

Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sede da PF (Polícia Federal) em Curitiba nesta terça-feira (17), o senador Renan Calheiros (MDB) declarou seu apoio à candidatura do petista e voltou a fazer duras críticas ao ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB à Presidência.

A visita fez parte de uma inspeção realizada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Além de Renan, estiveram presentes os senadores Jorge Viana (PT), Roberto Requião (MDB), Edison Lobão (MDB) e Armando Monteiro (PTB).

Calheiros disse ter encontrado Lula "muito animado" e "convencido de que vai provar sua inocência". "Lula, mais do que nunca, é um preso político, e sua presença crescente nas pesquisas de opinião é a certeza do povo brasileiro de que isso está acontecendo", afirmou. O senador questionou a velocidade da condenação de Lula em segunda instância, que chamou de "apressada".

Questionado se o encontro com Lula representava apoio político dos senadores à candidatura do ex-presidente, Calheiros afirmou que a visita "significa, sobretudo, a solidariedade de todos nós a Lula pelo que ele representou e representa para o nosso país".

Pouco depois, o senador disse apoiar Lula como candidato "pelas convicções que tem na inocência dele". "Mas o MDB, diferente de mim, tem outras lideranças que apoiam outros candidatos", disse. O senador alagoano, que já deflagrou campanha para tentar impedir a candidatura de Meirelles pelo MDB, combateu mais uma vez o nome do ex-ministro.

"O Meirelles não é originário do MDB, ele é originário da JBS. É o candidato do sistema financeiro", disse Calheiros. "O MDB é um partido plural, diverso, que ao longo da história do partido tem cumprido um papel fundamental", afirmou o senador.

Calheiros também disse que Meirelles tenta ser um "anticandidato", que vai "contra as pessoas que querem fazer o certo no Brasil" –o que o senador classificou como "ridículo".

"O MDB não pode dar a legenda para ele. Ele tem 1% [de intenções de voto]. Isso vai dificultar o desempenho do partido em todos os estados", criticou. "Nunca cruzei com Meirelles nos corredores do partido. Não dá para aceitar essa essa importação, não somos um centro de inseminação in vitro". Calheiros lamentou, ainda, que o partido pudesse "condenar um jovem governador bem avaliado" a posar no palanque ao lado de Meirelles. Herdeiro político do senador, Renan Filho é o atual governador de Alagoas pelo MDB e tentará a reeleição.

por Uol Notícias

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