11 Abril 2009 - 07:59

Itália realiza funeral coletivo

Alessandro Garofalo/Reuters

Os italianos fizeram um funeral coletivo nesta sexta-feira (10) para as vítimas do pior terremoto em 30 anos, que devastou a região central do país. O número de mortos subiu para 289.

 

Centenas de pessoas se reuniram em volta dos 205 caixões, muitos deles cobertos de flores e fotos. O funeral ocorreu numa academia de polícia na cidade montanhosa de L'Aquila, a mais atingida pelo tremor de segunda-feira. A missa foi conduzida pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, e começou com uma mensagem do papa Bento XVI. "Nessas horas dramáticas quando uma tragédia atingiu essa terra, eu me sinto presente espiritualmente em meio a vocês e compartilho sua angústia", dizia a mensagem.

 

Na noite de quinta-feira (9) novos abalos sacudiram as áreas mais atingidas. Às 5h22 (0h22 de Brasília), a terra voltou a tremer na região de Abruzzo. Uma réplica alcançou 3,7 graus de magnitude na escala Richter.

 

Quatro dias após o terremoto, equipes de resgate ainda retiram corpos dos escompros e a Defesa Civil anunciou que as buscas estão quase no fim. Há 17 mil pessoas vivendo em tendas e outras centenas estão sendo colocados em hotéis.

 

O primeiro-ministro Silvio Berlusconi disse nesta sexta que seu país "espera receber entre 400 e 500 milhões de euros (de US$ 525 a US$ 656 milhões) em três anos" provenientes de fundos da União Europeia (UE) em ajuda após o terremoto da segunda-feira.

Em uma entrevista por telefone a um programa da televisão italiana, Berlusconi garantiu que "serão encontrados todos os fundos indispensáveis", e acrescentou que serão necessários dois meses para avaliar todos os danos provocados pelo terremoto.

O primeiro-ministro lembrou que já foram destinados 30 milhões de euro (US$ 39,3 milhões) e que o Conselho de Ministros autorizou ontem o envio de outros 70 milhões de euros (US$ 91,9 milhões) para os trabalhos de reconstrução.

Além disso, o Ministério da Educação usará 16 milhões de euro (US$ 21 milhões) para reconstruir a Casa do Estudante, um colégio maior, no qual morreram vários jovens.

 

por Reuters

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