Na tentativa de evitar a ocorrência de saques aos donativos repassados às vítimas das enchentes em Alagoas, militares da Força Nacional de Segurança (FNS) reforçam a segurança em quatro cidades arrasadas pela cheia. Trinta e nove agentes já fazem o policiamento ostensivo nas cidades de Branquinha, Santana do Mundaú, São José da Laje e Murici, todas situadas na região da Zona da Mata.

As rondas e abordagens da Força Nacional de Segurança acontecem à noite, período mais propício para a prática de furtos que teriam como alvo pontos de distribuição de alimentos. Em Branquinha, o fornecimento de energia elétrica só foi completamente normalizado nesta terça-feira, 29. A maior parte do município ficou sem o serviço essencial durante dez dias, situação que favorecia práticas criminosas.

Desestruturadas e desprotegidas, as populações das 28 cidades atingidas pela catástrofe em Alagoas ainda convivem com temor da ocorrência de pequenos crimes e saques, inclusive em abrigos improvisados e nas residências que não foram atingidas diretamente pela cheia que causaram 37 mortes. Dados da Defesa Civil estadual indicam que ainda há 69 pessoas desaparecidas.

Com as chuvas que caíram nesta segunda-feira, 28, causaram nova inundação em Jacuípe e Campestres, municípios situados na região Norte, próximo da divisa com Pernambuco, há previsão do envio de militares da FNS para as duas cidades. Nesta terça-feira, 29, moradores de áreas isoladas em Campestre receberam alimentos e água potável, produtos transportados num helicóptero do Exército.