23 Setembro 2017 - 09:55

Agentes penitenciárias superam desafios e concluem curso operacional

Jorge Santos
Todas as instruções foram relacionados ao ambiente carcerário

A capacitação continuada dos agentes penitenciários é ação permanente da Escola Penitenciária da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Em uma iniciativa pioneira, após uma semana de trabalhos intensos, nesta sexta-feira (22) foi concluída o primeiro Curso Operacional Feminino voltado exclusivamente para agentes penitenciárias.

Além de promover a valorização das servidoras, a capacitação gera mais segurança e fortalece a ordem e disciplina dentro do Presídio Feminino Santa Luzia, que abriga atualmente 220 internas. As técnicas assimiladas pelas profissionais são fatores determinantes o grupo de intervenção feminino que está sendo criado na unidade.

"Em caso de tumulto, a primeira intervenção deverá ser feita pelas agentes da casa com eficiência e agilidade, evitando o agravamento do quadro. Caso não seja possível controlar o conflito, inicialmente, solicitamos o apoio do núcleo externo de prevenção", explica a chefe do Presídio Santa Luzia, agente penitenciária Geórgia Hilário.

A gestora destaca as situações reais nos treinamentos. Para ela, as técnicas possibilitam a atuação das servidoras nos limites da lei, sem excessos. "Utilizamos gás de pimenta e lacrimogêneo, além da tasear, arma de eletrochoque para imobilização. As experiências proporcionaram conhecimento de saber, quando necessário, usar a força nas intervenções, com responsabilidade", disse.

As agentes receberam a mesma formação do grupo masculino. Mesmo sendo um treinamento intenso, não houve nenhuma desistência entre as quinze participantes.

"Em alguns momentos fomos levadas ao limite da exaustão, tanto física quanto psicológica. Foram dias difíceis, mas muito produtivos. Nos empenhamos ao máximo", ressalta Hilário.

Em breve, será implantado um Núcleo Feminino no Presídio Santa Luzia, nos moldes do Núcleo Ressocializador da Capital, unidade referência no País, que tem como diretrizes o diálogo, a transparência e a honradez. Para que isso aconteça, é essencial a disciplina comportamental das reeducandas, fator treinado exaustivamente na capacitação.

Disseminação do conhecimento - Todos os instrutores da capacitação são servidores da Seris. Eles tiveram a oportunidade de participar do Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário, realizado pela Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE), em Brasília, e agora disseminam o conhecimento adquirido em Alagoas.

"Buscamos conhecimento para assegura subsídios e prepararmos os agentes para agir de forma assertiva e dentro da lei. A Ressocialização inovou com a instrução operacional exclusiva para as servidoras. Foi um treinamento árduo, mas elas desempenharam um excelente papel", ressalta o instrutor e agente penitenciário José Rubens.

Rubens ressalta ainda o apoio do Centro de Operações Penitenciárias e do Grupamento de Escolta, Remoção e Intervenção Tática. “Utilizamos a entrada com time tático, extração, instrução de armamento, tiro prático e ordem unida, E simulamos ambientes e situações reais. Agradeço muito o apoio recebido para otimizar as práticas do curso. 

por Agência Alagoas

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