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MST discute pauta de reivindicações no Incra

MST discute pauta de reivindicações no Incra

Lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Alagoas tiveram, hoje, pela manhã, duas reuniões com lideranças governamentais. A primeira aconteceu no Sindicato dos Bancários, que discutiu assuntos ligados aos assentamentos, tais como, as construções e reformas de casas, recursos para terra, obras nos locais como a construção de escolas, postos de saúde, infra-estrutura de água e energia, além de crédito para incentivar a produção da agricultura familiar.

A segunda reunião aconteceu na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com o superintendente Gilberto Coutinho. Neste caso, foram debatidos processos que estão em andamento, referentes à desapropriação e vistorias em áreas de 15 municípios de Alagoas, reivindicadas pelo Movimento. São terras em cidades como Ibateguara, Messias, Murici e Atalaia. Em muitos destes casos, o MST aguarda apenas, um posicionamento do Incra, para saber se as áreas podem ou não serem objeto de reforma agrária.

Em entrevista ao programa Ministério do Povo, da Rádio Gazeta AM, Gilberto Coutinho disse, que Alagoas existe cerca de 11 mil famílias acampadas à espera de assentamento. “Nós já temos um número igual de famílias assentadas. São cerca de 140 mil hectares”, disse, reconhecendo que ainda há uma forte pressão para que esse número de famílias assentadas venha cresça mais.

O superintendente disse ainda, que essa pressão acontece em Alagoas, porque o Estado possui a quarta maior densidade demográfica do Brasil e o pior índice de distribuição de renda.
Sobre a pauta de reivindicação do MST, Coutinho confirmou que 90% dos itens referentes aos assentamentos já estão encaminhados. “A parte de maior dificuldade é a desapropriação, porque existe todo um processo de regras que precisam ser seguidas ao pé da letra”, concluiu.

Desde o último dia 30/09, o MST de Alagoas iniciou uma mobilização inédita no Estado. Foram aproximadamente 300km de caminhada que os 1500 trabalhadores rurais percorreram para cobrar do poder público a realização da reforma agrária e para dialogar com a população das localidades por onde passaram sobre a importância dessa política estrutural para resolver os problemas tanto no campo, como na cidade.

O MST encontra-se acampado na Praça Sinimbu, no Centro da Cidade.

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