Na maior parte das escolas estaduais da capital, mesmo com a sobra de vagas, o turno noturno vai funcionar normalmente. Na 14ª Coordenadoria Regional de Ensino (CRE), que compreende as escolas do Benedito Bentes até Fernão Velho, todas as 23 unidades que ofertaram o curso noturno no ano de 2010 continuam com suas turmas em 2011. Na 1ª CRE, a situação é semelhante.

Já no Centro Educacional de Pesquisas Aplicada (Cepa), três escolas irão atender aos alunos que estudam à noite. São elas: Escola Estadual Moreira e Silva, Escola Estadual José Silveira Camerino e Escola Estadual Correia Titara. Nesta última, todas as 16 salas foram ocupadas. A escola oferta o curso de Magistério.

Na Escola Silveira Camerino, todas as 13 salas terão aulas, e no Moreira e Silva, das 22 salas, 21 irão funcionar à noite. A escola recebeu ainda turmas de outras três escolas do Complexo – Princesa Isabel, Afrânio Lages e Maria José Loureiro. Para Márcia Dantas, responsável pela 15ª CRE e que responde pelo Cepa, o remanejamento das turmas tem o objetivo de garantir um melhor funcionamento das escolas e um maior rendimento dos alunos. “Ao invés de estarem espalhados, eles estudam no mesmo prédio, o que favorece a integração e fortalece o ensino”, destacou ela.

Márcia lembrou ainda o fato de que a Escola Moreira e Silva foi a que mais aprovou alunos no PSS 2011 da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). “Aprovamos 81 alunos em vestibulares. Destes, 72 foram só aprovados na Ufal. Este resultado mostra o empenho e o trabalho de professores e técnicos para atender nossos alunos”, enfatizou.

Na 13ª CRE, apenas a Escola Noel Nutels, no Jacintinho, teve seus alunos transferidos por causa do baixo número de estudantes que frequentavam as aulas durante a noite. De acordo com a coordenadora Regional de Ensino que atende a unidade, Maria José Pereira, apenas 38 alunos compareciam às aulas do 6° ao 9° ano, o que não atendia o número mínimo de alunos por sala de aula. Os estudantes da Escola Noel Nutels terão aulas na Escola Miram Marroquim, também no Jacintinho. “Colocamos os alunos em uma escola no mesmo bairro, exatamente para não haver problemas com o deslocamento”, reforçou Maria José.

Maridalva Campos, diretora de Apoio à Gestão Escolar da SEE, ressalta que nenhum aluno deixou de ser atendido pela rede estadual. “Pelo contrário, tudo está sendo planejado e organizado para garantir o acesso à educação, direito de toda a população”, enfatizou.