21 Abril 2010 - 03:30

Cesmac lança livro sobre a trajetória do 59º BIMtz

O Centro Universitário Cesmac lança o livro “Caçadores em Marcha – Trajetória do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (59º BIMtz)”, de autoria do coronel do Exército, José Fernando de Maya Pedrosa, e do 2º Sargento, Edycleber de Oliveira Silva. O título faz parte da série Coleção Alagoana que vem sendo publicada pela instituição de ensino superior desde 2008. A cerimônia de lançamento será realizada no próximo dia 23, às 19h30, no auditório da Esmal (Rua Cônego Machado, 1061, Farol).

“A obra cosntitui um amplo documento historiográfico do percurso do 59º Batalhão em Alagoas e no Brasil. Trata-se de uma visão institucional construída pelo zelo documental e crítico por um conhecido estudioso, José Fernando de Maya Pedrosa, cuja biografia reflete a dedicação ao estudo do tema: foi instrutor de História Militar do Estado-Maior do exército, chefe da Seção de Geografia e História do mesmo setor, bem como diretor da Biblioteca do Exército Editora e adido militar no Paraguai”, afirma o vice-diretor geral do Cesmac, o professor e historiador, Douglas Apratto Tenório, mencionando que Maya Pedrosa notabilizou-se pelo estudo aprofundado da instituição a que sempre pertenceu, com singular apreço aos livros de História do Brasil.

O co-autor do livro, Edycleber de Oliveira Silva, é graduado em História pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), e dedicou-se à pesquisa com o colega de farda e de interesse historiográfico, trazendo sua experiência de escritor de textos poéticos e seu gosto pela ciência histórica como elemento de apoio.

Caçadores em Marcha está configurado em oito capítulos, organizados em duas partes; a primeira intitulada de A História, e a segunda de A Identidade. Como o título indica, os capítulos da primeira parte rastreiam o percurso da entidade, desde o século XIX, até o século presente, passando pela relação entre o exército e a história política de Alagoas, o que ocorrecom mais detalhes no capítulo III, intitulado de Crises Políticas em Alagoas – 1957 e 1997. A primeira data remete ao tiroteio ocorrido na Assembléia Legislativa do Governo Muniz Falcão, e a segunda data refere-se ao episódio do segundo Governo Suruagy, quando o então presidente da Assembléia pede auxílio do exército para conter uma possível invasão na sede do Poder Legislativo alagoano.

A segunda parte do livro aborda o processo de formação dos jovens recrutas, com valores e procedimentos constitutivos da ética militar; em seguida, registra ações militares em outros espaços de atuação, como as de defesa civil ou as de apoio de paz em países como o Haiti. “Percebe-se que a identidade referida, nas palavras dos pesquisadores, se elastece, alcançando o que o texto qualifica de uma identidade entre o batalhão e a gente alagoana”, diz Douglas Apratto.

Segundo o historiador, a leitura atenta do livro conduz a uma visão moderada de temas polêmicos, sem o ufanismo que dificulta a tarefa de quem restitui o passado, nem o acusatório exagerado de seus críticos. “Conheci de perto a seriedade e a honradez da vida militar durante todo o ano de 1980, quando estudei como estagiário da Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro. Ali conheci homens que colocam sua devoção à pátria como princípio de vida. Por esta razão tenho muito orgulho de participar, junto com o presidente do Cesmac, João Sampaio, da edição desse livro”, afirma Douglas Apratto.

por Assessoria

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