20 Janeiro 2011 - 20:27

Municípios do Sertão e da Bacia Leiteira de Alagoas terão aterro sanitário

No início desta semana, na sede da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), foi firmado o convênio entre a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e o Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos (Cigres) para construção do primeiro aterro sanitário gerido por cidades do estado de Alagoas.

Com mais de R$ 3 milhões de investimento, o aterro sanitário localizado entre os municípios de Olivença e Olho D’Água das Flores atenderá outras 17 cidades da Bacia Leiteira e Sertão de Alagoas. A iniciativa segue orientação da Lei Nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A estimativa do Projeto é de receber 66,7 toneladas de lixo por dia no primeiro ano de trabalhos.

O secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Ivã Vilela, parabenizou o trabalho desenvolvido pela Ciagres em parceria com a Codevasf, informando ainda que serão realizados outros 6 consórcios. A implantação do aterro sanitário do Sertão e da Bacia Leiteira fazem parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que prevê a eliminação de passivos ambientais que trazem risco de contaminação às águas subterrâneas que alimentam os afluentes do Velho Chico em Alagoas.

Segundo Carlos André dos Anjos, presidente do Cigres, os municípios também terão que começar a fazer um trabalho de educação ambiental com as crianças, nas salas de aula, e com os adultos, nas associações de moradores. “O aterro trará tanto melhorias para a saúde da população dos municípios consorciados, quanto geração de emprego e renda, através do processo de triagem e reciclagem do lixo. Dessa forma, só deverá ir para o aterro o que não puder ser reciclado, que são os rejeitos,” disse.

Para o presidente do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas ((IMA), Adriano Augusto de Araújo Jorge, a questão dos lixões em Alagoas é um problema antigo e que deve ser solucionado o mais rápido possível. “O consórcio foi a maneira mais barata e inteligente de gerir esse problema, já que os municípios não têm condições de, sozinhos, custearem um aterro sanitário. Os prefeitos dos demais municípios devem entender que as questões técnicas e ambientais, como avaliação hidrogeológica, devem se sobrepor aos interesses políticos. Precisamos do engajamento de todos e o IMA estará sempre presente cumprindo seu papel de órgão fiscalizador e punitivo”, assegurou.

 

por Semarh e IMA

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