Em visita a uma das unidades fabris da Cerâmica Elizabeth, no estado da Paraíba, o governador Teotonio Vilela Filho saiu com a garantia de que a unidade em Alagoas começa a ser construída ainda neste semestre. O governador, acompanhado do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, conheceu o funcionamento da fábrica, que fica no município de Conde. O grupo empresarial irá investir R$ 100 milhões e gerar aproximadamente 200 empregos diretos somente nesta primeira fase da nova unidade em Alagoas.

A preparação da matéria-prima — argila e sienito —, a compactação desse material, a ida aos fornos com altas temperaturas [no caso do porcelanato chega a 1.250º] e até o empacotamento do produto final foram apresentados pelo governador Teotonio Vilela.

“Saio da Paraíba com um sentimento de confiança de que Alagoas consolida a cada dia a imagem e o prestígio diante dos investidores do Brasil e isso se deve graças ao nosso Governo”, comemorou o governador. Ele apontou que em Alagoas o empresário encontra celeridade nos trâmites processuais, segurança jurídica, orientação e assessoria para cada passo a ser tomado para a instalação de uma empresa.

Outro motivo apontado pelo governador é que o Estado de Alagoas oferece hoje incentivos como atrativos fiscais, creditícios e locacionais, por meio do Programa de Desenvolvimento Integrado (Prodesin). “Em Alagoas, o governador e o secretário [Desenvolvimento Econômico] acompanham pessoalmente o desenvolvimento de cada empreendimento. Este é o diferencial que está atraindo os investidores de todo o país”, explicou o governador.

Condições — No caso da Cerâmica Elizabeth, após uma prospecção realizada no ano passado, os diretores e engenheiros identificaram matéria-prima de qualidade, incentivos governamentais, gás natural e água em abundância, insumos fundamentais para a indústria de cerâmica. “A decisão por Alagoas foi rápida, pois há a necessidade de ampliar a produção para atender à demanda do mercado, e Alagoas era o único Estado nordestino que possuía gás natural e fábrica de cerâmica”, disse o diretor-presidente da Elizabeth, José Nilson crispim.

Segundo o diretor George Henrique Crispim, o projeto industrial ainda em elaboração já mostra que a fábrica em Alagoas terá uma área construída nessa primeira fase de aproximadamente 50 mil m², podendo chegar a 80 mil m², onde será produzido 1,6 milhão de m² de pisos ao mês, entre cerâmica comum e o porcelanato.

“A unidade de Alagoas irá fabricar desde cerâmica de baixo custo ao porcelanato. A intenção da empresa é extrair toda a matéria-prima de Alagoas, e essa atividade poderá ser própria ou terceirizada, pois serão necessárias 35 mil toneladas ao mês para a produção mensal de 1,6 milhão de m² de pisos”, explicou George.

O consultor da Elizabeth, Heraldo Melo, confirmou que ainda esta semana finaliza o projeto econômico-financeiro da unidade de Alagoas, que será encaminhado ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Alagoas (Conedes), onde será avaliado para a concessão dos incentivos. Com a conclusão do projeto industrial em dois meses, a diretoria terá a definição dos equipamentos para a unidade em Alagoas e, a partir daí, serão criados os projetos arquitetônico e de engenharia civil. O consultor explicou que 80% dos maquinários da unidade alagoana serão fabricados na China, mas com tecnologia italiana, levando um período de um ano para ficar pronto após a solicitação do pedido por encomenda. “Já demos entrada no pedido de licença ambiental no Instituto do Meio Ambiente (IMA)”, disse.

O secretário Luiz Otavio Gomes explicou que desde o conhecimento do interesse de expansão da empresa no Nordeste, que o governo do Estado mantém contato com a direção da Elizabeth para a construção dessa nova fábrica em solo alagoano. “A industrialização de Alagoas é real. Nesta sexta-feira (19), iremos comemorar a inauguração de mais uma indústria, uma conquista do governador Teotonio Vilela Filho”, afirmou o secretário Luiz Otavio Gomes, após conhecer a indústria da Cerâmica Elizabeth.