16 Abril 2021 - 16:15

Sindicato dos Servidores da Adeal repudia constantes mudanças na presidência do órgão

Assessoria
Desde a criação da ADEAL, em 2006, mais de 12 diretores-presidentes estiveram à frente do órgão

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL) é marcada por uma troca constante na presidência do órgão, causando preocupação nos funcionários devido à falta de continuidade das gestões. Por isso, o Sindicato dos Servidores de Fiscalização Estadual Agropecuária de Alagoas (Sinfeagro), representante oficial dos servidores da ADEAL, contesta mais uma substituição do diretor-presidente, por meio de interferência política sistemática, sinalizado na última terça-feira (14) nas redes sociais.

Desde a criação da ADEAL, em 2006, mais de 12 diretores-presidentes estiveram à frente do órgão. O sindicato repudia a constante troca e destaca que interfere diretamente no trabalho da fiscalização agropecuária: o controle sanitário de rebanhos, a produção animal e vegetal, leite e derivados, carne e derivados, pescado, mel, e tantos produtos de Alagoas que chegam à mesa do alagoano.

Com as diversas modificações no cargo, as ações têm seu fluxo interrompido e os avanços técnicos retrocedem, fragilizando a Defesa Agropecuária Animal e Vegetal, além da Inspeção e Fiscalização dos Produtos de Origem Animal (Alimento), deixando a ADEAL em descrédito com a seriedade dos seus serviços prestados à sociedade alagoana. É o que explica a presidente do Sinfeagro, Flávia Marques, alegando que os servidores terão que passar, mais uma vez, por um processo de adaptação.

“O que um ex-vereador por Maceió indicado pelo deputado Marx Beltrão pode trazer de benefício a uma instituição de fiscalização e controle agropecuário, como é a ADEAL?”, questiona a presidente do Sinfeagro. “Com a chegada do novo diretor-presidente, a situação deletéria à fiscalização agropecuária se repetirá, mantendo o ciclo de desmandos e favorecimentos políticos”, complementa Flávia, a presidente.

A entidade sindical cobra do Governo de Alagoas uma resposta para mais uma mudança, alegando desrespeito à categoria, que trabalha diuturnamente para assegurar que alimentos de qualidade cheguem à mesa dos alagoanos, destacando que a principal atividade das agências de Defesa e Inspeção Agropecuárias é preponderantemente fiscalizatória, não devendo, sob o risco de incorrer em crime, sofrer ingerência política.

“Para que haja imparcialidade na condução das ações preconizadas pelo MAPA [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento], que incluem a salvaguarda da sanidade dos rebanhos e plantações, bem como da Saúde Pública Alagoana, é fundamental a presença na gestão, inclusive na presidência, de servidores efetivos ingressados na ADEAL por concurso público”, defende a presidente do Sinfeagro.

O corpo técnico da ADEAL é constituído por servidores concursados, comprometidos com a agência, que trabalham em consonância com a legislação sanitária pertinente e repudiam veementemente esse ciclo negativo de mudanças e defendem a inclusão de servidores na gestão do órgão. 

por Assessoria

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