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Turismo de negócios e eventos ganha força em Alagoas

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Turismo de negócios e eventos ganha força em Alagoas

O turismo de negócios e eventos é um dos segmentos mais lucrativos em todo o mundo. Em Alagoas, este tipo de atrativo ganha cada vez mais força, impulsionando o desenvolvimento econômico do Estado. Até dezembro, Maceió receberá até quarenta e um eventos de médio e grande porte, segundo os dados levantados pela superintendência de Turismo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) e o Maceió Convention Visitours & Bureau.

Um exemplo do porte e da diversidade dos eventos que o Estado tem atraído é a realização da 8º Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que acontece até este domingo (8), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá. Outro grande evento foi a 11º edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em agosto deste ano, que atraiu mais de 1.400 pessoas, entre congressistas e expositores do Brasil e do mundo.

Ambos os eventos têm no Centro de Convenções de Maceió, localizado no Jaraguá, seu local de atividades. Por lá, somente agora durante a 8º Bienal passaram mais de 25 mil pessoas por dia, mobilizando mais de cem profissionais na produção do evento.

A programação literária e artística contou com uma série de eventos paralelos, como lançamentos de livros, autógrafos, seminários, palestras e oficinas; todos gratuitos. O evento trouxe a Maceió nomes como o jornalista, escritor, roteirista e humorista Gregório Duvivier, o cantor e ativista Martinho da Vila e o poeta Jessier Quirino.

Congresso do algodão movimentou a economia da capital

O Congresso Brasileiro do Algodão é o maior evento da cotonicultura no país e acontece de forma bianual. Os oito hotéis oficiais do evento tiveram ocupação plena, equivalente a 692 leitos. Dos 65 fornecedores envolvidos na produção, 23 foram contratados em Maceió, movimentando a economia da cidade.

O evento fez com a estudante pernambucana Bruna de Freitas Leite viesse pela primeira vez a Maceió. “Não conhecia a cidade, é minha primeira vez em Maceió. Eu não andei muito até agora, mas já pude conhecer a orla. Achei muito tranquila. A cidade é muito organizada”, conta.

O agricultor de Chapadão do Sul, em Mato Grosso do Sul, Cícero Miguel de Oliveira conta que também conheceu Maceió pela primeira vez devido ao Congresso. “O povo daqui é hospitaleiro e a comida muito é boa. Ainda não deu tempo de conhecer as praias, mas, com certeza, voltarei com família para aproveitar melhor”, ressalta.

Os expositores, que vieram a Maceió buscando negociar e demonstrar as mais novas tecnologias de seus produtos para os congressistas de todo o mundo, ressaltam a estrutura da cidade e do Centro de Convenções, onde montaram seus estandes.

“Pra nós está sendo tudo perfeito. Estou gostando bastante da segurança dessa cidade. Nós estamos hospedados ali na orla e podemos andar a qualquer hora do dia sem problema nenhum. A infraestrutura é fantástica. O Centro de Exposições é incrível, com uma estrutura adequada, desde os banheiros, até as salas de palestras e climatização”, elogia Marcus Lawder, gerente de negócios da Bayer.

Lawder também é um dos visitantes que conheceram Alagoas pela primeira vez e ressalta que irá voltar mais vezes. “É a minha primeira vez em Alagoas. Nunca tive oportunidade de vir pra cá passear, mesmo minha esposa pedindo bastante. Agora isso ganha ainda mais força, com certeza”, alega.

Impacto Econômico

A captação de eventos de grande, médio e pequeno porte ao Estado é importante por gerar inúmeros benefícios com o impacto econômico causado por estas ações, ainda mais quando atrai turistas internacionais, como é o caso do Congresso Brasileiro do Algodão. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o turista de negócios gasta, em média, quatro vezes mais que o turista de lazer.

Muitos atrativos impulsionam a atração desses eventos a Alagoas. Certamente, as praias de azul cristalino e o clima de verão incentivam a venda do destino, mesmo que o foco do evento sejam os negócios. Porém, o Estado tem trabalhado em fomentar ainda mais esse segmento.

O Centro de Convenções de Maceió tem se destacado em infraestrutura frente aos de outras capitais, principalmente da região Nordeste. Quem afirma isto é o próprio presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), entidade organizadora do evento, Arlindo Moura.

“Encontrei o secretário em um evento em Brasília e fomos apresentados, quando comentei sobre a realização do congresso, ele disse que iríamos fazer aqui em Maceió. Nossos assessores vieram até aqui, fizeram o levantamento e a pontuação foi muita alta. Isso faz um ano e tudo aquilo que o secretário nos vendeu se confirmou e tivemos um dos nossos melhores eventos. A estrutura é positiva, a cidade e o local são espetaculares. A rede hoteleira é espetacular. O próprio custo para realização ficou muito confortável, comparado com outros lugares”, conta.

Um dos pontos positivos destacados pelo presidente Arlindo Moura foi o preço da passagem aérea para Maceió. “Apesar do custo de avião ser maior, nós conseguimos boas negociações com as companhias aéreas. Por exemplo, paguei R$ 300 pra vir pra cá. Isso é muito baixo. Eu trabalho em São Paulo e moro em Porto Alegre; nesse trecho costuma-se pagar até R$ 1,2 mil. Esse, que era um item que parecia ser mais caro, acabou não sendo, foi bem mais barato”, explica.

O custo da passagem de avião tem relação direta com o preço do QAV, combustível da aviação. Há mais de um ano, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), conseguiu reduzir os impostos estaduais sobre este produto, tornando o destino ainda mais atrativo às companhias aéreas.

À frente da Sedetur, o secretário Helder Lima, conta que os resultados do turismo em Alagoas revelam a eficácia das políticas públicas implementadas.

“A atração de eventos é essencial ao crescimento de Alagoas. Felizmente estamos colhendo bons frutos nesse intenso trabalho estratégico em vender o Destino, não só para praia e lazer, mas, também, como receptor de eventos de grande porte. A redução do ICMS do QAV foi muito relevante, além da boa estrutura de nossos centros de convenções e rede hoteleira”.

O secretário conta também que a junção de investimentos públicos e da iniciativa privada tem contribuído para os bons números do turismo no Estado. “O trabalho junto ao trade turístico estadual tem resultado na expansão da rede hoteleira. Desde 2015, por exemplo, 11 hotéis foram inaugurados no Estado, 17 estão em construção, dois em processo de ampliação. Até 2019, Alagoas contará com 4.397 novos leitos”, explica.

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