Evitar problemas e prejuízos que causam transtornos para a população de Feliz Deserto, causados por inundações decorrentes de águas pluviais, como ocorreu durante as enchentes nos anos de 2005 e 2009, são as principais preocupações atuais da prefeitura e do prefeito Maykon Beltrão. Por conta da obstrução da vazão de águas do Rio Canduípe, que corta o município, a cidade ficou parcialmente submersa nos últimos anos, fazendo com que dezenas de famílias deixassem suas casas para se instalarem em abrigos provisórios. Agora, a prefeitura está realizando, com recursos próprios, obras de limpeza e dragagem do rio.

Segundo Maykon Beltrão, a obra consiste na limpeza do rio por meio da extração de sua vegetação, feita manualmente, além do aprofundamento através de dragagem. “A realização dessa obra tem fundamental importância, pois sempre que chove o volume do rio aumenta consideravelmente, chegando ao ponto de deixar a população amedrontada, já que a cidade foi vítima de duas graves inundações”, ressaltou o prefeito, explicando que, apesar de conseguir firmar parceria com uma instituição financeira para a realização do serviço, a burocracia do sistema tem se tornado um sério obstáculo e, por conta da lentidão dos trâmites em contraste com a urgente necessidade da obra, os trabalhos estão sendo realizados com recursos do próprio município.

Os trabalhos de desobstrução são feitos numa faixa de aproximadamente 5km lineares por 5m de largura, com aprofundamento de cerca de 1m através da retirada de 6.000m³ de areia do fundo do curso d’água. Iniciada em julho de 2009, a obra já efetuou limpeza manual de aproximadamente 1,2Km lineares. Para a continuação da obra, a prefeitura aguarda a chegada de uma draga de maior porte, porque a que estava sendo usada acabou não suportando a intensidade dos serviços, pois sua potência não condizia com o volume de trabalho.

Inundações

Segundo especialistas, a obstrução do fluxo de águas do rio teria sido o fator principal para as inundações causadas pelas chuvas que castigaram Feliz Deserto nos anos de 2005 – mais de 150 casas foram invadidas e danificadas pelas águas pluviais, deixando cerca 800 pessoas desabrigadas – e 2009, com mais de 60 famílias afetadas.