02 Maio 2018 - 14:25

População aguarda com expectativa construção do Hospital Regional do Norte

Carla Cleto
Obras do Hospital Regional do Norte estão 20% executadas

Sentada no sofá de sua casa, Jucelina Gabriel de Lima, de 57 anos, disse estar esperançosa com a construção do Hospital Regional do Norte, em Porto Calvo, que terá o perfil de atendimento em urgência e emergência e irá assegurar, quando estiver pronto, 7.763 atendimentos mensais. “Vai ser muito bom, pois não vai ser preciso eu sair daqui para ir até Maceió à procura de atendimento. Espero que essa unidade venha a mudar à nossa vida”, enfatizou.

Por conta do diabetes, a dona de casa passou a ter má circulação em partes do corpo, especialmente nas mãos e pés, que recebiam quantidades insuficientes de sangue. Com isso, ela se submeteu a procedimentos cirúrgicos que culminaram na amputação do pé direito e da perna esquerda. Hoje, sua rotina é passar os dias e as noites em casa, ao lado dos filhos e netos, com quem sempre conviveu antes das cirurgias. “Fico aqui, sentada, conversando, vendo o movimento”, contou. “Com esse hospital vai ser possível realizar minhas consultas e exames periódicos”, emendou.

Outra moradora de Porto Calvo que também espera, com grande expectativa, pelo Hospital Regional do Norte, é a aposentada Marlene da Silva, de 74 anos. Na porta de casa de muro salmão, ela conta que, todas as vezes que precisa de assistência médica, tem dificuldade de encontrar um atendimento especializado na cidade. Por isso, sempre vai a Maceió para cuidar de sua saúde, como ocorreu, quando precisou fazer um cateterismo cardíaco e passar por uma cirurgia na mão esquerda, com o intuito de retirar um nódulo acima dos tendões.

“Não consigo andar sozinha e, por essa razão, sempre que vou à capital, a minha nora me acompanha. Além da passagem, pago também a alimentação - e tudo isso pesa no bolso no final do mês”, comentou Marlene, que sobrevive com menos de um salário mínimo. “A construção desse hospital vai beneficiar tanta gente, principalmente àqueles que precisam realizar algum tipo de procedimento cirúrgico”, salientou.

Com 70% da visão comprometida, o também aposentado Amaro João de Lima, de 63 anos, acredita que a construção do Hospital Regional do Norte vai trazer comodidade e um atendimento qualificado a toda população do município. Casado e pai de dois filhos, o senhor de alegria contagiante queixa-se frequentemente de dores no ouvido que lhe causam dores, coceira e zumbido. Por conta disso, só encontra assistência paliativa.

“Esse hospital vai ser uma benção para pessoal que mora na cidade. Acho que vou melhorar, de uma vez por todas, dessa minha dor no ouvido. Já estou feliz e ansioso em conhecer. Vai facilitar muito a vida da minha família, pois a gente vai ter condições de ir se consultar a pé”, disse o aposentado Amaro João de Lima.

Estrutura – Orçado em R$ 29,8 milhões, custeados pelo Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep), a unidade vai dispor de 123 leitos, distribuídos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, Centros de Parto Normal (CPN), UTIs Neonatais, Unidades de Cuidados Intermediários Convencionais (UCICos), UTIs Pediátricas e internação (gineco-obstétrica, pediátrica, clínica e cirúrgica). O hospital contará, ainda, com Serviço de Procedimento de Roupa (SPR), Serviço de Nutrição e Dietética (SDN), Lactário, Nutrição Enteral, Banco de Leite Humano (BLH) e um Centro de Referência que vai oferecer atendimento com equipe multiprofissional especializada.

De acordo com o engenheiro Yuri Balbino, a obra está 20.04% executada e segue em ritmo acelerado. “Os trabalhos estão sendo executados nos dois turnos, formado por 90 funcionários. A expectativa é que, após a inauguração, a unidade possa beneficiar 166 mil alagoanos, que residem nos municípios de Porto Calvo, Jacuípe, Japaratinga, Maragogi, Matriz do Camaragibe, Porto de Pedras, São Luiz do Quitunde e São Miguel dos Milagres”, salientou.

por Agência Alagoas

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