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Ufal integra estudo sobre relação entre coronavírus no cérebro e potássio

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Ufal integra estudo sobre relação entre coronavírus no cérebro e potássio

Uma equipe de pesquisadores das universidades federais de Alagoas (Ufal) e de Uberlândia (UFU), em parceria com outras instituições do Brasil e dos Estados Unidos, investigou a capacidade do coronavírus de invadir áreas do cérebro que regulam o equilíbrio hidroeletrolítico e podem estar envolvidas na redução dos níveis de potássio no sangue em pacientes com covid-19. O resultado da pesquisa foi publicado na revista internacional Neuroscience & Biobehavioral Reviews.

Os pesquisadores observaram os mecanismos de neuroinvasão, ou seja, as rotas de entrada do SARS-CoV-2 em neurônios do sistema nervoso central, que pode ocorrer diretamente pelo bulbo olfatório ou pela corrente sanguínea. Segundo os professores Olagide Castro (ICBS-Ufal) e Robinson Sabino-Silva (Icbim/UFU), o artigo mostra que a entrada do coronavírus em três áreas do cérebro -núcleo paraventricular, núcleo supra-óptico e órgão subfornical- se relaciona à redução de potássio no sangue. Essas áreas são responsáveis pelo equilíbrio hidroeletrolítico do nosso organismo. Elas fazem a regulação da quantidade de íons, como sódio, potássio e cloreto, no sangue.

“O potássio é um mineral que carrega uma carga elétrica quando dissolvido no sangue e sua regulação é importante para o funcionamento das células, especialmente músculos, coração e nervos”, explicou o médico pneumologista Thúlio Marquez Cunha, da Faculdade de Medicina (Famed/UFU), que também assina o artigo.

“Uma alteração nos níveis de potássio no sangue pode alterar a excitabilidade elétrica das células, desencadeando fadiga, câimbra e alterações no ritmo cardíaco e respiratório, o que prejudica a recuperação de pacientes com covid-19”, completou Cunha.

O professor da Ufal, Igor Santana de Melo, também participou do estudo, integrando a equipe junto aos pesquisadores Ana Carolina Gomes Jardim e Luiz Ricardo Goulart (UFU); Wagner Luis Reis, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e Ashok K. Shetty, da Texas A&M University College of Medicine (Estados Unidos).

A revista Neuroscience & Biobehavioral Reviews tem alto fator de impacto: 8.339. Essa é a principal métrica de avaliação das revistas científicas e é calculada com base nas citações feitas à publicação. “Foi um dos trabalhos com a revista de maior fator de impacto que publicamos nos últimos anos”, afirmou Sabino Silva.

A pesquisa é financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Teranóstica e Nanobiotecnologia e por doações dos Institutos Nacionais de Saúde e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Os professores da Ufal, Igor e Olagide, realizam um trabalho de parceria científica importante na área com outras instituições. Recentemente eles publicaram outros resultados de pesquisas relacionadas à covid-19 em pacientes diabéticos.

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