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Homenagens às vítimas de torpedeamento resgata memória e deixa legado para futuras gerações

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Homenagens às vítimas de torpedeamento resgata memória e deixa legado para futuras gerações

Em virtude dos 80 anos dos torpedeamentos de embarcações na costa da capital sergipana, por submarinos alemães, evento que culminou na entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a Prefeitura de Aracaju estabeleceu uma comissão com representação de diversas instituições, responsável por desenvolver uma programação robusta de homenagens às vítimas, em resgate à memória que deixa legado para as próximas gerações.

Fizeram parte da comissão, representantes da Funcaju, da Capitania dos Portos de Sergipe, do Ministério da Marinha, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do 28º Batalhão de Caçadores, da Academia Sergipana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, do Governo do Estado e do Instituto Banese, com o objetivo comum de relembrar o contexto de participação do país na guerra, de maneira que possa aprender com o passado para não repeti-lo.

“É muito importante, para nós e para as futuras gerações, compreender o que aconteceu há 80 anos atrás. A Segunda Guerra mudou a humanidade. Com a ajuda dos expedicionários, conseguimos a derrota do nazifascismo. É preciso relembrar, entender a importância histórica do que aconteceu para que os erros não se repitam, e uma outra guerra não aconteça. A paz é sempre fundamental”, aponta o prefeito Edvaldo Nogueira.

Ligada à formação sociocultural de um povo, o avivamento da memória contribui para a formação da identidade da população, permitindo que os mais jovens tenham referências e raízes das quais possam nutrir-se de informações e, desta forma, possam agir com sensatez.

“As homenagens por conta dos 80 anos dos torpedeamentos dos navios têm um efeito didático, pedagógico, na medida em que não só cultua a paz e os náufragos, mas abre uma perspetiva completa de transformação para as futuras gerações, no sentido de cultivar a paz a partir de um exemplo de guerra”, acredita o presidente da Funcaju, Luciano Correia.

Com o ataque, 607 pessoas perderam a vida em um espaço de três dias, mais do que nos oito meses de campanha na Itália, onde as tropas brasileiras desempenharam papel importante na Batalha de Monte Castelo, o que dá ideia do tamanho da tragédia e da necessidade de relembrá-la propriamente.

“A entrada do Brasil na Segunda Guerra foi, praticamente, definida aqui e esses fatos, infelizmente, não eram lembrados como se deve. Então, estamos recuperando a nossa história e devemos manter essas homenagens todos os anos, a partir de agora”, afirma o jornalista Luiz Eduardo Costa.

Como ressalta o reitor da UFS, Valter Santana, compreender os acontecimentos do passado é o que permite alicerçar os planos do presente e futuro.

“O resgate histórico de situações importantes vividas, aqui em Sergipe, é o pilar para a construção do nosso futuro. Temos que entender o passado, relembrar o que aconteceu para nortear as nossas ações. É fundamental que as próximas gerações conheçam a importância dos nossos antepassados”, acrescenta Valter.

Veterano de guerra, o tenente reformado Berilo Rodrigues Figueiredo, hoje, com 100 anos.

“Eu era muito novo, ainda na escola, quando ocorreram os bombardeios. Logo em seguida, já me vi num navio. Comecei e tive a sorte de chegar vivo ao fim dela. Entrei na Marinha e já entrei na guerra, mas saí bem. Depois de todos esses anos, ter essa homenagem é uma surpresa e me sinto muito grato”, frisa Berilo.

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