09 Dezembro 2017 - 10:21

Projeto de escola estadual ganha Menção Honrosa em prêmio da Samsung

Luciana Aith
Diretora Rosa Gouveia(com o troféu) e professora Flávia dos Santos (de branco) com representantes da Samsung e Unesco

O projeto de produção de um bloco ecológico a partir de cascas de mariscos desenvolvido por alunos da Escola Estadual Tarcísio Soares Palmeira – Extensão Roteiro – conquistou Menção Honrosa no Prêmio Respostas para o Amanhã, programa da Samsung que premia alunos e professores de escolas públicas que desenvolvam soluções que promovam a sustentabilidade e proponham melhorias para as suas comunidades.
A premiação ocorreu esta semana em São Paulo e, na ocasião, a instituição foi representada pela diretora Rosa Gouveia e pela professora orientadora do projeto, Flávia dos Santos.
Promovida em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a edição deste ano do prêmio contou com 1.370 projetos inscritos que envolviam 42 mil alunos e quase mil professores orientadores. Destes 1.370 inscritos, 25 projetos foram escolhidos como Destaques Regionais, dentre estes, o trabalho dos estudantes de Roteiro, o único alagoano da lista. Destes 25, cinco foram selecionados como vencedores nacionais, outros cinco premiados como os mais votados do júri popular, além da Menção Honrosa para os alagoanos.

“Estamos muito felizes por termos recebido essa Menção Honrosa, um reconhecimento de instituições importantes como o Cenpec, Reduca, Unesco, Consed. É um indicativo de que nossa equipe está no caminho certo nas ações com nossos alunos, mas também nos estimula a refletir nossas práticas diárias e buscar novos caminhos. Foi um momento muito enriquecedor, pois compartilhamos experiências com escolas de todo o País e percebemos que todos estamos lutando pela melhoria da educação”, declara a diretora Rosa Gouveia.

Conheça o projeto – Um dos principais sistemas estuarinos de Alagoas, a Lagoa do Roteiro é fonte de vida para centenas de famílias que sobrevivem da pesca do maçunim, sururu e peixes. Ela também inspirou professora e estudantes da 2ª série do ensino médio da Escola Estadual Tarcísio Soares Palmeira – extensão Roteiro – a desenvolverem um bloco de construção civil a partir das cascas dos mariscos descartadas às margens da lagoa.

 Coordenadora do projeto, a professora de Biologia Flávia dos Santos conta como surgiu a ideia da pesquisa. “As cascas de marisco, após descartadas, permanecem com um resto orgânico que gera necrochorume e prejudica o subsolo. Todos os anos, em nossa feira de ciências, a Excontec, incentivamos os alunos a desenvolverem projetos que tragam benefícios às suas comunidades. Foi que aconteceu com os nossos alunos aqui de Roteiro, muitos deles filhos de pescadores e marisqueiras e que queriam buscar uma solução para um problema do seu cotidiano”, revela a professora.

O bloco ecológico feito pelos alunos leva, dentre outros ingredientes, pó das cascas de marisco (triturado em pilão), areia, piçarro, cimento e água e, quando colocado em forma para secar, demora três dias para ficar pronto. Dentre as vantagens do bloco ecológico estão o fato de ser mais resistente e consistente do que os convencionais – é rico em cálcio, o que deixa com menos porosidade – e com custo de produção menor (é R$ 0,30 mais barato que o tradicional)

Os alunos pensam em ampliar o projeto e a produção do bloco ecológico para que o mesmo possa gerar renda extra para a comunidade de pescadores.​

por Agência Alagoas

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