Artigos

Jean Lenzi

Jean Lenzi

Ator, dramaturgo, encenador teatral e ativista cultural

Postado em 29/05/2010 21:53

Metodologias para Bobagens

A nossa centenária Cidade do Penedo “jóia da escultura barroca”, “cidade dos sobrados”, “berço da cultura alagoana” que chegou aos seus 475 anos de existência física, em que pese sejam estranhas as datas, é preferível ficar também com essa. “35 anos após a descoberta já existia aqui um núcleo populacional, núcleo este - limítrofe, baliza, atalaia”

As mudanças ocorridas através dos séculos que nos conceberam cidadãos penedenses, e as sofridas transformações que nos testam a inteligência, o senso critico e moral também nos remete às idéias núcleos divisória, separatista e independente. E, Cuidado! É altamente desaconselhável o contato direto com mentes seguidoras dessas idéias. Com base nas metodologias criadas para afirmar bobagens desnecessárias, a proposta é validada pela máxima de um poder efêmero racionalmente explicitado pelo indicativo: ESTOU!

Ora pois, como não?

No Penedo, moçoilas e “moçoilos” aparentemente inteligentes são corrompidos pela simples ação que lhes faculta o uso de um estúpido crachá pendurado no pescoço, e cuja validade, pré-datada, é estampada na testa, como um rótulo a atestar suas capacidades. Ignorantes das ações desenvolvidas pelos poetas mortos das calçadas e pelos poetas vivos das esquinas, nesse Penedo são desconhecidos, obviamente, a razão e o significado das traças tisanuras (traças de livros), pois aqui não mais se arrua pelo forte, mas certamente se praticam fortes arruaças.

No Penedo, jovens “alienígenas” são facilmente ludibriados por uma sede insaciável de oportunidades múltiplas. Seguidores restritos dos poetas dos bares e destruidores de suas próprias poéticas. Jovens ociosos, desprovidos de todos os sensos, incapazes de perceber as alienações, cujas faltas destas os tornam fatalmente seres obumbrados.

No Penedo, frustrantes gestores fogem feito diabo a fugir da cruz. Incautos senhores que tanto esbravejam o amor pela terra penediana, e que na confiança de seus rebanhos finitos, agindo de surdina, metem os pés pelos bolsos, as mãos pelos pés e a cabeça e a moral já não mais erguidas, descem aos infernos incitados pelos desejos daqueles que lhe confiaram o acesso ao velho poder, ainda efêmero. Não podemos ser omissos, ainda, às paradas quadrianuais as quais a juventude do Penedo e até aqueles cujo registro geral não mais afirma este termo. - Nas paradas a cada ponto, as bandeiras apontam aos céus – “tu vistes senhor, e concetistes”, ao menos a recompensa pífia vem a cada final de sexta, as moedas são expostas ao sol, este, o mesmo que peca se nos lembrarmos do poeta Pessoa. E mais que isto, para aquele cuja capacidade de soerguer a bandeira além do limite estabelecido, e também o grito afoito e desgarrado alcançar extremos decibéis; somente a estes, serão ofertados os crachás pré-datados. Essa é uma das lamentáveis máximas do Penedo do século 21.

O Penedo que afirma a competência do vizinho, que não confia em seus mestres, renegando os valores, quando nada, invertendo-os nas melhores hipóteses. É o Penedo da inveja, da mesquinhez e da ignorância política, da mentalidade oligofrênica. Da ingerência.

No Penedo de hoje, as rochas lodorentas que ainda sustentam casarões e casebres, servem também para abrigar toxicômanos dos mais variados, “Hips e hapers” e porque não dizer também dos pretensos socialites ripongas que longe da luz e da sirene policial acendem as chamas da ilusão, mas, nem estas mesmas são capazes de remediar suas tormentas. Para tanto, a cada palito gasto, “o mar expulsa covardes”. E pela expulsão primária, os meninos do rio dançam e quebram vidraças em homenagens explicitas ao deus, já entorpecido e renegado, e brincam e cantam sob o testemunho único do Rio que ainda não se atreveu a expulsar os covardes.

São essas as metodologias para bobagens produzidas para explicitar uma sociedade carregada de erros seculares, herdados provavelmente, dos nossos fatídicos descobridores de 500 anos. Porem nossa Penedo já está passando da hora de cair na real.

Vale lembrar ainda que todos os penedos citados são intimamente ligados aos seus penedianos, talentosos da arte de afagar sopas frias. Admiradores das vespas, detentores de artrose dedal, ocasionada pela ação constante de uma pscopatia social, e por que não dizer também cultural.

De todos os penedos, não esqueça de um (não citado anteriormente), o penedo dos sonhadores de fé, dos anarquistas, dos fleumáticos e dos camaleões. Esses também formam o Penedo do Século 21, assim como provavelmente formarão os do século 30, isso, partindo do pressuposto de que há momentos em que calar é um crime. E por esse crime eu não serei condenado.

Comentários comentar agora ❯

  • Jardiel Costa Caro Jean, é Intrisseco o seu desabor,para o senhor que tem pouco mais de 20 anos, goza do conforto de uma boa educação, de uma familia e de uma profissão nesta cidade de desepregados, assim é bom falar. Como dissestes "há momentos em que calar é um crime", imagine o senhor que nem sempre nós escapamos das condenações que nos são próprias. Mas estar de parabéns, sua visão critica nos serve ainda para amparar as nossas vergonhas e os nossos medos. parabéns.
  • Carlos Góis Jean a anarquia é uma coisa muit justa aos que conhecem, aos que fazemn e aos que criticam, você como artista do teatro se encaixa neste seleto grupo. mas suas palavras ainda são muito duras. sei de sua sensibilidade e inteligencia e de seu bom senso (critico) e por isso acho que deveria repensar alguns pontos.
  • Neide Muito pertinentes as suas palavras, comentar com tanta liberdade sobre o cotidiano de nossa querida Penedo, isto no século xxi, vejo você não como um critico, mas sim como um homem, jovem e critico o que é mais proprio. Se nós não começarmos a falar e a nos mover contra as ações de nosso povo aqui chamados por você de "obrumbrados" eu diria mais, é inerte, não haveremos de sair deste buraco em que nos enfiamos. e perceber que existem jovens que não estão na inercia, é mais valioso ainda. Meu querido siga seu rumo e não olhe para tras, não nada do que você possa temer. abraços.
  • Absurdo jEAN Absurdo, se tudo o que voc^diz aqui for verdade, e se você é tão indignado com tudo isto, porquen não vai embora daqui? O que você com sua inteligencia e sua critica~faz aqui? ACHO ISTO SIM UM ABSURDO.
João Pereira

João Pereira

Advogado, escritor e atento observador da política

Postado em 15/05/2010 17:02

Por que não a Castração em vez do Celibato?

Pelo fato de tratar de coisas supostamente divinas e estar voltada sobretudo para o mundo espiritual, não significa que a igreja católica não esteja cheia de contradições e absurdos. Afinal de contas, temos de convir, é uma instituição com um falso cartão postal do céu, criada e conduzida por homens e, como tal, repleta de falhas humanas. O que nos chama a atenção é a teimosia que a torna impermeável às mudanças essenciais à sua própria sobrevivência. É um grande equívoco acreditar-se que tudo que vem do passado deve ser reverenciado e respeitado como uma verdade imutável. Pelo contrário, o apego às tradições comportamentais, a conceitos e idéias ultrapassadas são o que há de mais retrógado no homem, impedindo o seu desenvolvimento e escravizando-o a um abuso que é a própria tradição. Como dizia Voltaire, haverá coisa mais respeitável que um antigo abuso? A igreja católica está cheia de antigos abusos.

Nas últimas semanas, Penedo, outras cidades do Brasil e alguns países têm sido palco de notícias sobre pedofilia, envolvendo diversos membros do baixo e alto clero. Tais notícias, que não são uma novidade, causa-nos sempre maior surpresa e incredulidade pelo fato de envolverem pessoas das quais a sociedade deposita total confiança e espera uma conduta ilibada. Maior ainda torna-se a nossa estupefação por fazerem parte do palco dos horrores menores que, portadores da inocência, deveriam gozar de uma admiração, respeito e especial deferência por parte dos pervertidos, verdadeiros monstros de batina. A impressão que nos dão é que são incrédulos, riem dos fieis e não acreditam em nada do que pregam e o que dizem, pelo deplorável exemplo, são apenas palavras ao vento. Fazem da religião um meio de vida e uma saída para dar vazão às suas deficiências e bestialidades sexuais. Contumazes no crime por anos seguidos, esses pastores do mal sacrificam a vida de jovens ingênuos, obrigando-os a carregar pelo resto da vida, o fardo de insuportável trauma psicológico.

A igreja católica no curso de sua história, tem enfrentado tempestades acompanhadas de chuvas torrenciais de escândalos de toda espécie. E se ainda existe, face à decrescente credibilidade, devemos atribuir sua longevidade à teimosia de seus fiéis que gradativamente migram para outras seitas, supostamente sérias. Pobres fiéis! A fé, sem dúvida, é a mais acabada expressão da fragilidade humana perante o insondável mistério da vida.

Não bastassem os escândalos passados e presentes, no passado medieval a igreja, no momento dirigida por um asno e, como tal, na mais elevada inspiração à sua altura, decreta a obrigatoriedade do celibato ao clero. Ora, tal iniciativa, estupidamente repressiva, contraria o princípio do crescei e multiplicai, contido na bíblia. Atinge o âmago da natureza no seu mais importante papel que é a perenidade da vida através da reprodução. Não só a reprodução, mas também o prazer sexual, o mais intenso e agradável prazer físico, necessário ao bem-estar e a estabilidade psicológica. Afinal de contas, qual o papel do pregador? Excetuados os meios para se conseguir o passaporte celestial, as virtudes morais que nos tornam cidadãos respeitáveis, dignos da felicidade. Pode o infeliz pregar a felicidade? O nosso verdadeiro estado é o da condição humana e só podemos nos sentir bem quando gozamos a plenitude do nosso ser. Como pode o pregador falar de sexo e matrimônio, se não os conhece?? Se Deus é amor, como poderá comprazer-se com a flagelação do homem?

Voltando ao problema do celibato, percebemos como São Paulo, grande vulto do Cristianismo, foi sensato ao dizer em Corintios, 7°, 8°: “Digo aos não casados e às viúvas que lhes é bom permanecerem assim, como também eu. Mas, se não se contêm, casem-se. Porque é melhor casar-se do que abrasar-se”. Por que a igreja não optou por esse conselho tão sensato de São Paulo? Como o pensamento, curiosamente, avança e retroage no tempo! Os que fazem parte do clero, ao submeterem-se livremente ao celibato, não estão obrigados a continuar a obedecer uma orientação irracional e suicida. Essa imbecil e covarde inação para contestar, força vital às transformações, acabará por extinguir a enferma igreja católica.

Para finalizarmos, não queremos afirmar que o celibato, que deveria ser uma opção de cada um, é responsável pela execrável conduta de alguns membros do clero. Achamos apenas que ele serve de esconderijo para tantos que são reprimidos e covardes para mostrarem sua anormal preferência sexual. A homossexualidade, escancarada nos dias de hoje, não deve ser empecilho para se pregar a mensagem da igreja. Se o homossexualismo existe, é porque assim quis a natureza. O seu rebanho é grande dentro da igreja, encurralado pelo voto – jurado e não cumprido por muitos – de castidade. O que a sociedade não aceita é que padrecos e outros mais altos na hierarquia, abusem, desumana e criminosamente, de crianças para extravasar seus instintos pervertidos.

Se esse embaixador de cristo, pai da idéia do celibato, tivesse sido mais inspirado, assim como Aldous Huxley quando imaginou para a humanidade um futuro no qual os nascimentos seriam programados para determinadas profissões, teria sido mais radical e em vez de estimular o celibato, exigiria a castração para a classe sacerdotal. De que adianta exigir a castidade, deixando solto o demônio da tentação carnal? E qual é a finalidade do celibato? Fazer com que os padres tenham uma dedicação plena aos afazeres da igreja e à contemplação divina? Pura sandice de um carola efeminado que pretendendo elevar-se às delícias do céu, foi vítima de uma visão unilateral, incapaz de calcular a decida na lama dos muitos que não podem sustentar-se na leveza etérea de pura espiritualidade. O racional e o espiritual, dom sublime do Criador concedido ao homem, está ligado, inconcebivelmente, às funções animais e a alguns instintos repulsivos. Assim, como ater-se com serenidade à contemplação e obediência a um estúpido voto de castidade, se essa promessa não tem outro objetivo senão fazer com que o padre conviva com uma guerra íntima a querer jogá-lo no abismo das tentações? Se o sacrifício, como pensam alguns, é uma prova de amor a Deus, este não passaria de um sádico sem amor. Pintam Deus com as mais belas virtudes e agem radicalmente em desacordo com a pintura.

A castração seria um ato desumano e anticristão, mas seguiria a linha das contradições, da vantagem e da desvantagem. A vantagem é que com um clero de eunucos, nem ativo, nem sexualmente passivo, mas neutro, teríamos uma igreja bem mais comportada, mostrando-se com toda fidedignidade em oposição aos hipócritas que do púlpito exaltam os princípios de moralidade e por trás, no amplo sentido para alguns, agem de forma diametralmente oposta. Com seu exército clerical efeminado na voz, seria um trovão de respeitabilidade, isentando-a de provações de credibilidade que vem minando sua sobrevivência, decorrente dos escândalos sexuais.

Comentários comentar agora ❯

  • Adão Parabéns: A verdade não pode existir em coisas que divergem. (São Jerônimo)
  • valfredo Messias dos Santos Prezado amigo João Pereira Como sempre suas colocações sobre os assuntos de natureza filosóica e religiosa são muito inteligentes. Parabens pelo artigo e pelas ideias tão bem colocadas.Também acredito e tenho dito que a maioria dos que se encontram no mundo religioso afirmando serem representantes de Cristo, não creem Nele e O tem apenas como uma forma de captar dinheiro e gastá-lo em suas orgias . Um abraço Valfredo
  • Maria José Rocha Por que tanta ojeriza à igreja católica? Por que generalizar quando sabe muito bem que há exeções e muitas? Não seria mais sensato pesquisar a vida de padres santos que deram suas vidas por amor a sua igreja, a Deus? Pois esse Deus que eu também amo, não julgaria o mais miserável dos humanos da forma como o faz. Pedro era rude, analfabeto,fraco, mas foi escolhido para representá-lo após sua partida. E a pecadora? Ele não a condenou. Quem é bom não julga, não condena. A castração seria bom também para tarados, adúlteros etc?
  • PHD é possivel ver tantas heresias serem afirmadas aqui, e depois, um texto um tanto intolerante, quase ignorante. Mas há quem concorde também, afinal todo mundo aqui é phd, e quem tem dedo escreve o que quer, mesmo que muitas das vezes sem conhecimento e razão.
  • Fabiana Prezado(a) PHD, o que acontece aqui é tão somente a liberdade de expressão assim como temos também liberdade de escolha, tanto para a política como para a religião, como é o caso. Pelo seu comentário o fato do senhor João Pereira emitir sua opinião a respeito do celibato o qualifica como ignorante? Você já teve a oportunidade de ler todos os seus artigos? Só não o conhecendo para qualificá-lo de tal maneira.
  • Melissa Borges Não precisamos ser PHD em teologia para endenter perfeitamente os escritos do Senhor João Pereira, que há certo tempo nos brinda com seus escritos aqui no site. Heresia é pregar em nome de Deus e satanizar seu espírito em orgias. Intolerância é esperar por um Bispo que é cumplice de atos satânicos. Ignorância é não sentir a dor de um pai de família que teve o filho abusado. Coragem é tratar assuntos dessa natureza com muito equilíbrio e prudência. Parabéns Dr João Pereira!
  • Francisco Sales Prezado Dr. João Pereira A propósito do seu oportuno artigo aqui transcrito onde aborda o problema do celibato,gostaria de fazer uma consideração. Exatamente há 20 anos, no dia 17 de maio, a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar "doença" a homossexualidade. Razão pela qual o terminação ismo foi abolida. Com apreço, Francisco Sales
  • Sabrine Calumby Prezado Francisco Alberto Sales Quando o Sr. João Pereira, se expressou dizendo: "Fazem da religião um meio de vida e uma saída para dar vazão ás suas deficiências e bestialidades sexuais."Ele se referiu a pedofilia,que é sim uma doença.Mais em baixo ele diz;"Se o homossexualismo existe, é porque assim quis a natureza."Ou seja, assim como a preferência pelo sexo oposto,a homossexualidade é natural.
  • Cleber Lisboa Pereira JÁ QUE A IGREJA CATÓLICA ENSISTE NO CELIBATO PARA SEUS SACERDOTES TORNA-SE NECESSÁRIO QUE OS MESMOS SEJAM CASTRADOS FISICA E QUIMICAMENTE SÓ AI ACREDITO EU NO CELIBATO FORA ISSO AINDA VAI ACONTECER MUITA COISA DESAGRADÁVEL
  • MARCELO MARQUES O brigado Dr. João Pereira. Por nos agraciar com os seus artigos inteligentes, doutos, às vezes polêmicos e repletos de argumentos que muitos gostariam de expressar. Estamos fartos de assuntos sérios serem tratados de forma superficial; não sei se por falta de conhecimento, por medo da exposição, ou das críticas advindas de uma sociedade tradicionalística, omissa e, implacavelmente, hipócrita! A propósito, para uma medida medievalesca da igreja católica, outra medida radical. Não seria mais fácil para o sacerdote que faz voto de castidade extirpar o instrumento que mais lhe é motivo de desgraça e perdição, do que mesmo travar uma batalha quase sempre perdida entre o carnal e o espiritual? Sem contar que seria um ato incontestável de fé, vocação e de pura entrega as coisas transcendentais.
  • João Pereira Júnior quando a igreja crstã, invés de se guiar pelas sagradas escruras, adotando práticas inventadas por homens, tais como o celibato obrigatório, a confissão auricular, a invocação dos mortos em rezas repetitivas (os chamados santos católicos), prugatório, batismo infantil, enfim, quando deixam de se orientarem por deus para se orientarem por um líder humano e falho (o qual não erra quando se pronuncia a respeito da fé, segundo o dogma a infalibilidade papal, utra heresia) acontecem tais situações que escandalizamo evangelho. a igreja católica que sustentou o cristianismo durante a idade média, combatendo o paganismo, pagou um preço caro por tal proeza que foi, justamente, a contaminação com práticas pagãs que, se algum dos apóstolos pudesse presenciar, hoje, cairia de costas. todavia, ainda há tempo para o catolicismo. a exortação que foi feita na reforma continua viva, infeizmente, a igreja católica continua a recusá-la, pois tem medo de ficar membros, ou seja,prefere agradar aos homens, ainda que, para isso, desagrade a deus. oremos por ela.
  • João Pereira Júnior qualquer pessoa curiosa em história geral sabe que o catolicismo nasceu no fim do segundo século, ou seja, essa questão de papado é estranha ao cristianismo. nesse sentido, pedro jamais foi papa. essa figura do papa é fruto do prestígio que o bispo de roma passou a ter por conta de esta cidade ser a capital do império, superando, portanto, o bispo de jerusalém, antioquia, alexandria, constantinopla, enfim (lá para o quinto século). assim sendo, cristo não fundou o catolicismo e nem qualquer outra denominação cristã. ele fundou a sua igreja que é composta por aqueles que o adoram em verdade e em espírito e que procuram ter uma vida de santidade segundo os padrões neotestamentários. lembremos do ladrão crucificado: ele não participava de qualquer denominação; apenas creu. ele não guardava o sábado, ele não teve extrema unção, ele não comungava, ele não teve qualquer sacramento (outra invenção humana); ele foi justficado por aceitar a jesus como seu senhor e salvador, só isso. oremos pelas denominações cristãs, pois todas têm problemas, contudo, a situação do catolicismo é mais grave, porquanto seu problema não é só de pessoas, mas de doutrina também e isso, com certeza, tem uma influência direta nos escândalos frequentes, contudo, não esqueçamos dos padres sérios e vocacionados que não podem ser colocados na vala comum junto aos que deveriam ter abraçado outra carreira.
  • Barros Tudo bem que devemos cortar o mal pela raiz, mais não vamos levar ao pé da letra!!!! rsrsrsrsrsrsrsrs Parabens pela matéria.
  • graça concordo plenamente, emfim alguém que pensa como eu o senhor esta de parabéns.Se martinho lutero no século 16 foi o autor da reforma, justamente por conta das injustiças do clero axo que estamos precisando de mais uma reforma.
Públio José

Públio José

Jornalista, publicitário, escritor e atento observador da vida

Postado em 08/05/2010 11:36

Todos somos fornecedores

Na linguagem empresarial, comercial, o termo fornecedor tem um peso muito importante. Representa, na estrutura do negócio, o parceiro que produz mercadorias e serviços para outros parceiros que, por sua vez, detêm meios de acesso ao mercado consumidor. O assunto é vasto, pois envolve não somente os que produzem (muitas vezes desprovidos de estrutura de distribuição), mas também os chamados atravessadores, especuladores, agentes responsáveis pela compra das mercadorias aos produtores e pela venda e entrega delas à rede de lojistas. No entanto, devido à complexidade que rege atualmente o mundo dos negócios – principalmente pelo peso da maquina governamental – o termo ganhou significado mais profundo, agigantou-se e passou a representar um item super importante na engrenagem e escaninho das grandes corporações e das grandes organizações estatais.

Por conta do poderio e da complexidade do mercado fornecedor, as empresas e instituições se obrigaram a montar grandes estruturas para aquisição de produtos e serviços, e suas subseqüentes atividades, como controle de qualidade, de pagamento, de estoque, fiscalização, auditoria... E um mundão de outros elementos de suporte, entre os quais – e principalmente – aqueles voltados ao combate da corrução, este um item responsável pela maioria dos escândalos envolvendo parlamentares, políticos e administradores públicos. Como terceira ponta deste negócio, nem sempre o consumidor sabe que vive à mercê das decisões desse povo – mas vive. De maneira que, atualmente, ninguém se livra de estar direta ou indiretamente envolvido nessa gigantesca – e nem sempre clara e transparente – rede de relacionamentos interpessoais, além de gestora de uma incalculável montanha de dinheiro.

Entretanto, para os fins a que se destina o conteúdo deste artigo, convém ampliar o conceito, o significado do termo fornecedor. Pois, se fizermos aqui uma análise menos negocial, menos tradicional, e mais sociológica, mais humanista... Enfim, se olharmos para dentro das estruturas familiares, das estruturas sociais, políticas, profissionais, veremos que todos nós fornecemos algo a alguém. Os pais, por exemplo, fornecem aos filhos roupas, alimentos, educação, saúde. Só isso? E onde fica o carinho, a atenção, o zelo, os cuidados, a orientação para a vida, o amor, enfim? Já os empregados fornecem aos patrões o esforço, a dedicação, a seriedade, a honestidade, a competência no desempenho do trabalho que se obrigam a fazer quando são contratados. Já os patrões se obrigam a fornecer salário (de preferência em dia), boas condições de trabalho, planos de saúde, vale transporte...Um homem houve que nos forneceu belíssimos e utilíssimos ensinamentos – e muito amor. Seu nome? Jesus Cristo. Já Hitler forneceu à nação alemã, e por conseqüência a toda humanidade, conceitos carregados de preconceito, ódio, descriminação, sangue, destruição. Fidel Castro ficou famoso pelo fornecimento aos cubanos de perseguição, censura, miséria, paredon e morte. Hugo Chávez está aí fornecendo aos venezuelanos intranqüilidade, regime ditatorial, incerteza econômica. Há, portanto, homens e homens. E fornecimentos e fornecimentos. Madre Teresa de Calcutá era uma exímia fornecedora de caridade, doação, carinho, amor. Ghandy fez da sua vida um tesouro de fornecimento de amor e louvor ao próximo. Martin Luther King (sem decretos, sem ministérios e sem disparar um tiro) transformou-se em ícone da humanidade no que diz respeito aos direitos humanos e igualdade racial.

E Jesus? Jesus é um caso à parte. Um fornecedor extraordinário. Que extrapola o entendimento humano, que vai muito além da concepção que o homem faz do fornecimento que deve direcionar ao próximo em família, no trabalho, na vida em sociedade. Jesus nos fornece perdão em plena cruz (“Pai, perdoa; eles não sabem o que fazem”); Jesus nos fornece alívio nos momentos de dor (“Vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados; e eu vos aliviarei”); Jesus nos fornece orientação espiritual direcionada à salvação (“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; e ninguém vai ao Pai senão por mim”). E você? Você é um fornecedor. De que tipo? O que está fornecendo aos filhos, amigos, vizinhos, colegas de trabalho? Como eleitor, por exemplo, a quem fornece seu voto? Político corruto em troca de dinheiro? Veja lá! Há homens e homens. Fornecimento e fornecimento. Qual a sua mercadoria?
 

Comentários comentar agora ❯

Isabel Cristina Medeiros de Barros

Isabel Cristina Medeiros de Barros

Clínica Geral com Pós-Graduação em Medicina do Trabalho

Postado em 01/05/2010 09:48

Os Pacientes perderam a paciência!!!

Depois de tantos anos atendendo pacientes em postos de saúde, aprendi que jamais serei capaz de resolver satisfatoriamente todos os problemas de saúde daqueles que me procuram, porque além de minhas limitações “humanas”, existem as limitações dos serviços públicos com suas deficiências, resultantes de más gestões e dos problemas sócio econômicos deste país.

As necessidades dos pacientes vão muito além da consulta médica, pois se os complementos como remédios, materiais e equipamentos para procedimentos, marcação de exames e de consultas especializadas não estão disponíveis, a consulta torna-se ineficaz. Soma-se a esta situação, a falta de saneamento básico, coleta de lixo e alimentação adequada, importantes no processo de adoecimento, assim como uma educação de qualidade, importante para a paciente ter acesso às informações sobre sua saúde. Distribuir panfletos e pregar cartazes informativos em serviços de saúde, onde os usuários nem assinam seus nomes, é perda de tempo e dinheiro. Têm mais resultados as palestras e reuniões com a comunidade, apesar de ser impossível realizá-las enquanto quarenta pacientes aguardam consulta na sala de espera e o gestor da saúde local exige “quantidade” de atendimento.

Promover saúde sem educação é muito difícil, orientar coisas simples como os horários de medicamentos, demanda paciência e tempo, não adianta dizer apenas: “tome este remédio de oito em oito horas”, pois ele só vai tomar às oito da manhã e às oito da noite. Orientar, por exemplo, um idoso que faz uso de três tipos de anti- hipertensivo mais dois de medicamentos para diabetes, além de um para o coração não é uma tarefa simples, os agentes comunitários ajudam muito na orientação, mas quando não estão disponíveis os pacientes ficam a mercê de algum parente ou vizinho, nem sempre com entendimento suficiente para a tarefa.

Certa vez, orientando uma paciente sobre a dieta adequada para seus problemas de obesidade, achei de dizer que a mesma precisava de “educação alimentar”, então meio constrangida, ela respondeu: “É mesmo doutora eu sou mal educada pra comer, vou comer mais devagar e diminuir o prato”!

Há alguns meses atendi num posto de saúde uma menor de 16 anos que antes de me dizer as queixas, me entregou uma carta de duas paginas, e disse: “escrevi tudo, para não me esquecer de nada”. Transcrevo abaixo alguns trechos:

“Escritura de tudo que sinto

Quais são?”...Descreve então várias queixas, de todos os tipos, em 16 linhas, finalizando assim:

“ Eu estou aqui hoje porque eu quero que todos esses problemas que sinto sejam curados, porque eu vim aqui ser atendida de verdade, porque meu caso é muito grave, só eu e deus sabe como estou mim sentindo. Por isso eu quero que meus problemas dessa vez sejam resolvidos, porque se conte as vezes que venho mim consultar e nada é resolvido e eu sempre do mesmo jeito. Será que nenhum médico daqui sabe resolver nada, espero que essa seja a ultima vez que eu venha tentar resolver meus problemas, porque eu já não agüento mais. Espero que dessa vez eu saia daqui feliz com tudo que preciso. Você hoje é minha única esperança. Deus queira.”

Apesar de tantas queixas, a menor à avaliação clinica apresentava um bom estado geral, mas devido a sua evidente ansiedade, falei: “como é sua primeira consulta comigo, vou tentar resolver alguma coisa, mais resolver tudo hoje é impossível, porque serão necessários exames”. Estou aguardando estes resultados de exames há mais ou menos cinco meses e a paciente ainda não retornou com os mesmos.

Esta situação serve para ilustrar a carência do paciente em ser ouvido, mas nos coloca no dever de suprir todas as suas necessidades, enquanto o poder publico não faz a sua parte. Os problemas na saúde são muitos e nós médicos também somos culpados, quando aceitamos trabalhar em péssimas condições.

Na persistência de tantas “farturas” (falta tudo), os médicos perderam o estimulo e os pacientes a paciência com as consultas muitas vezes infrutíferas, mas ainda com a esperança de que o médico, sozinho, “resolva tudo”, possível apenas quando DEUS QUISER!

 

Comentários comentar agora ❯

  • Roberto Parabéns doutora Isabel Pela matéria, infelizmente fomos enganados por essa administração que aí está, tanto nos prometeu e apenas sucateou ainda mais o nosso já tão combalido sistema de saúde, ainda bem que novas eleições virão, nem tudo 'para sempre!
  • Emanuelle hum... como se o rpoblema da saúde fosse questão da gestão atual. a saúde de penedo nunca foi boa e os medicos não estudam e passam o resto da vida agchando q o diplominha que eles conseguiram é tudo, no entanto quem escolhe a medicina por oficio deve saber muito bem que isso implica atualização e muito estudo, coisa que a maioria dos medicos de penedo não tem. Mamae precisou de medico, niguem soube dizer o que ela tinha... titia, diseram que nunca ficaria gravida, kkkkkkkkk, Se vc quer um medico que lhe de um diagnostico decente é melhor procura em arapiraca ou maceió, pq penedo não tem quem honre com o oficio na medicina!
  • Por Penedo Emanuelle espero que vc nunca precise dos médicos de Penedo, pois Penedo e servido de excelentes profissionais , realmente a saúde de Penedo nunca foi boa, mais este prefeita que ai esta subiu em palanque e enganou mentiu para o povo de Penedo prometendo o que não poderia cumprir por exemplo prometeu a UTI cadê , prometeu que a saúde de penedo seria mil maravilhas e o que estamos vendo e que a saúde de Penedo esta um caus. não tem nenhuma pessoa que queira assumir a secretaria Será que e porque este governo trabalha muito maisss.
  • Carlos eloy Generalizar que Penedo não têm bons médicos, é um grande erro. O que falta é vergonha por parte dos gorvernantes para dá condições de trabalho aos profissionais da área. Parabéns pelo texto, pessoas como vc têm que expressar sempre a falta de respeito que os mais necessitados vem sofrendo ao longo dos anos. Agora, educação é tudo como vc disse, porém também vai de mau a pior.
  • Marcos Dra Isabel parabéns pelo texto, e a realidade que o município vive hoje.
  • Ana Quero parabenizar a Drª Izabel pelo execelente texto que infelizmente é a atual realidade da nossa cidade. Aproveito o ensejo para reclamar sobre o centro de Diagnóstico que está uma bagunça depois da saída de Wagner, demissão esta que por sinal foi muito injusta e a população mais uma vez a sofrer.
João Pereira

João Pereira

Advogado, escritor e atento observador da política

Postado em 24/04/2010 12:28

Sangue Novo no Executivo Municipal Penedense

Alguma cigana teria sido capaz de prever que fossemos premiados com a oportuna renúncia do Alexandre que, pretendendo galgar horizonte mais alto poderá se transformar num autêntico Ícaro a despencar das alturas em queda fatal às suas pretensões políticas? A vaidade costuma derreter as asas de muitos aventureiros, especialmente daqueles querem alçar vôo além da sua capacidade. Acontece que a sua ascensão ou queda, que em queda livre já se encontrava, fica no campo das especulações. O que importa é que Penedo, torturada pelo desamor e profundo estado de anemia, pode começar a acalentar a esperança de receber uma saudável e estimulante transfusão de sangue.

Sempre defendemos o surgimento contínuo de novas lideranças políticas, dinâmica necessária para arejar e servir de assepsia ao corpo viciado, decrescente vitalidade, necrosado e corrompido pelo tempo que tudo acomoda. Esse fluxo nada mais é do que estar em sintonia com a lei natural do movimento. Renovar, portanto, é uma característica da vida embora nem sempre, temos de convir, toda mudança aconteça para melhor. Ocorre que quando o presente não nos convence e muito menos nos satisfaz, vale a pena avivar a chama da esperança às nossas melhores expectativas.

Pelo que sentimos, vemos e ouvimos, Penedo, no tocante às suas finanças, encontra-se na UTI. Comenta-se a respeito de uma dívida expressiva em alguns milhões de reais. Não sabemos a causa ou causas, sendo o déficit orçamentário, sem dúvida, uma delas. Uma prova dessa grave adversidade está no desagradável corte das gratificações e horas extras. Sem falar no comércio local, seguramente com créditos dependurados, existe a visão incômoda das ruas esburacadas pela chuva ou para reparos no sistema de água e esgoto, eternizados no tempo para serem reparadas.
Esse caos financeiro não teria pesado de forma definitiva na sua decisão de abandonar o barco, temendo o seu afundamento ? Assim, se comportam, dizem, os ratos de navio. Suas justificativas, que parecem emoldurar um belo quadro de disciplina partidária, não convencem.

Ninguém, em sã consciência, no início de um mandato, renuncia-o após enfrentar encarniçada luta para conquistá-lo. Como nos convencer que o que era tão atraente perca, num curtíssimo prazo, o seu atrativo? Ninguém abandona uma viúva endinheirada, a não ser que tenha mergulhado em insolvência. Acho que foi exatamente o que aconteceu. O que foi feito das juras de amor por Penedo, do amor puro e desinteressado? Persistentes no otimismo, aguardamos a vinda do verdadeiro romântico que venha acolhe-la, por fim aos seus lamentos e, com afagos e carinho, venha compensá-la de seus suplícios. Teria sido difícil ao Alexandre, convidado pelo governador, convencê-lo de que seu compromisso com Penedo era inarredável? Não teria sido, creio. Por outro lado, o PSDB é um partido tão carente de puro sangue, aponto de recomendar a renúncia de um prefeito no início do mandato? E o respeito ao eleitor, como fica ? Dúvidas e desconfiança pairam no ar. Sua renuncia, em ultima análise, foi uma decisão há muito planejada,num momento estrategicamente correto. O futuro, certamente nos esclarecerá.

Não existem problemas sem solução. Administrar com suficiência de recursos, até os medíocres podem se sair muito bem. Somente na adversidade, se tiver a sorte de ser inspirado pela criatividade, poderá sobressair-se e adquirir, com louvor, o galardão de exímio administrador. Mexer com o interesse do próximo é a mais difícil, delicada e dolorosa decisão. No entanto, se a mesma deve ser tomada como objetivo saneador ,faça o mais rápido possível e deixe que o tempo cicatrize as feridas.

Os engenheiros são considerados bons gestores. O mundo, por sua vez, apóia-se nos ombros da engenharia através da aplicação de inúmeras tecnologias, nos diversos campos de sua atuação.
Avante, engenheiro Israel Saldanha, faça parte da regra dos bons administradores. O desafio está lançado. Se assim despontar, como esperamos, estará começando a pavimentar a sua carreira política. Sedimente-a com independência, sem duplicidade de mando para que não fiquemos em dúvida de quem ordena e dirige os destinos de Penedo. Trocar idéias e pedir conselhos é uma virtude imprescindível. Inconcebível é que venha a se transformar numa marionete, que seria a visão antecipada do desastre e perda total da expectativa acalentada por todos nós penedenses.

Apele aos céus, religioso que o é, para que o ilumine e possa tirar Penedo do atoleiro e aponte-lhe o caminho para o reencontro com o desenvolvimento que todos desejamos

Boa Sorte!!
 

Comentários comentar agora ❯

  • Antonio Lins Professor, mais uma vez um excelente texto, exprime e imprime como esta nossa Penedo no ambito govrnamental!! Parabéns
  • rosa Parabéns pela exelente matéria...é a nossa realidade nua e crua.
  • henrique beltrao parabens joao, excelente texto q o senhor escreveu!!
  • Melissa Borges Simplesmente, completo!
  • Roberto Diria que Perfeito, exprime toda a sabedoria e inteligência de um escriba que nos dá imagem aos pensamentos no ato da leitura, parabéns!
  • geraldo cavalcante Para uma melho apresentação, com um disfance mais acentuado do artigo e comentarios, eu aconselharia a leitura de um livro cujo título é\\\"O PUCHASAQUISMO DE NESTOR DE HOLANDA\\\'