João Pereira

João Pereira

Advogado, escritor e atento observador da política

Postado em 21/11/2018 08:01

Os Porres Delirantes de Lula

Quem assiste ao Lula de microfone em punho a falar com a pose e segurança de um professor catedrático para uma plateia composta por seus adoradores que aplaudem por qualquer besteira que diga, geralmente quando enaltece seus feitos ou a si próprio, não acredita que alguém proveniente do mais baixo nível social, tenha perdido a noção da modéstia e seja dominado, como um possesso, pela glorificação de suas pretensas qualidades. Há uma explicação. É público e notório seu gosto e admiração pela branquinha. Se não se cuidar logo estará no último degrau do vício, o delirium tremens. Suas fanfarronices não têm outra causa senão o fato de sua cabeça sempre estar sob o efeito da inspiração etílica que o desnuda da modéstia, para sentir-se um semideus.

A prisão onde se encontra não tem facilitado o abastecimento de sua preciosa cachaça. É uma pena, pois, se dela estivesse de posse após a última eleição presidencial, certamente teria tomado o maior porre de sua vida, desesperado e incrédulo, chorar e lamentar o ocaso de sua divindade que era capaz de eleger quem quisesse, até um poste. Como entender que uma divindade possa ter decaído a tal ponto para perder de um deputado que dizem pertencer ao terceiro clero? Os fundamentalistas do PT fazem malabarismos mentais para encontrar as causas, geralmente vazias, mas sem a coragem de enxergar as verdades, a grave crise socioeconômica em que se encontra o país, a demagogia e a exposição da própria carcaça apodrecida por uma devastadora corrupção. Será que tudo isso se eclipsou por conta da aura divina do Lula, segundo seus fanáticos seguidores? Como é complexo o homem! É exatamente por esse comportamento exacerbado por parte de sua chamada militância que o convence de ser imbatível, sem rival, seja lá quem for. Face a sua posição de superman, junta-se o véu da inocência e pureza angelical, preso injustamente, sem provas, como também repetem seus acólitos, lacaios que rastejam, sem pensamento próprio e muito menos incapazes da autocrítica.

Mas, a propósito de seus delírios alcoólicos, estado de consciência que o leva compulsivamente a metamorfosear-se na imagem de um herói revestido da mais excelsas virtudes, temos em nossa memória dois primorosos exemplos de ser, sem dúvida, um distinguido pelo Criador. Em um deles, com a segurança de sempre, professoralmente de um lado para o outro, rodeado de seus puxa-sacos, afirma, em alto e bom som, que duvida existir, seja qual for o lugar que se imagine, alguém mais honesto do que ele. Sergio Moro e a justiça, da primeira à ultima instância, cometeram uma tremenda injustiça. É preciso ser de um cinismo sem limites. No segundo, uma reprodução da cena anterior, esbraveja, desafiando que aparecesse alguém que tenha o topete de desafiá-lo nas urnas.

Desconhecemos alguém que tenha tamanha ausência de modéstia e tão alto apreço por si mesmo, comportamento que só pode ser explicado por conduto de porres delirantes que o fazem planar e, na vertigem das alturas, ausente a censura moral, cair e espatifar-se na pútrida lama da corrupção.
 

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  • Edenilton Duarte Lula è Pai da corrupção só para os ricos egoístas, por que para os pobres ele é um santos que fez o milagre acontecer nas mesas deles comendo três vezes ao dia.