Dimas Patriota

Dimas Patriota

Professor formado em Letras, Pós-graduado em Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa

Postado em 13/04/2011 09:50

A arte nossa de cada dia, preservemos hoje

Aloisio Leahy
A arte nossa de cada dia, preservemos hoje
Jardim da Praça 12 de Abril, foi trocado pelo concreto.

Nascer em Penedo é um privilégio. Viver em Penedo é ganhar um presente. Não simplesmente um presente que se compre aqui e ali. Mas, um presente ornamentado com a mais fina arte. Arte sacra, barroca, colonial. Do tipo que só se ganha de alguém que, verdadeiramente, muito nos ama. O tipo de presente que a gente não cansa de admirar; que a gente tem o maior carinho e, por isso mesmo, tem o maior cuidado; que quando se está distante, sente-se uma saudade! É aquela jóia que não se vende por dinheiro nenhum; enfim, a jóia que a gente quer preservar a todo custo.

E por falar em preservar...! Será que já tomamos consciência da falta de cuidados que temos com relação à nossa jóia – Penedo? Os resultados que presenciamos, deixam claro que não. Muitas vezes, sequer conhecemos as riquezas artísticas que ornamentam os pilares culturais da cidade. Não é surpresa termos conhecimento de pessoas que são pegas depredando o patrimônio cultural e nem sabem que “aquilo” é pura arte; constatarmos que, por mera satisfação pessoal, destrói-se uma estrutura do arcevo histórico e constrói-se, em seu lugar, algo moderno e sem valor dentro do contexto colonial que faz Penedo ser considerada a Ouro Preto do Nordeste.

Cada um quer deixar fincada sua “invenção” arquitetônica. Cada um quer se dá ao direito de empalmar a marreta e destruir, a seu bel-prazer. E a jóia, como a conhecíamos, vai sendo aos poucos, descaracterizada.

12 de abril, mais um aniversário que proporciona à cidade quase cinco séculos de História com “H” maiúsculo. História de vultos, de personagens e de personalidades. História de mulheres e de homens que fizeram da cidade do Penedo uma verdadeira história em si. História de batalhas e de conquistas, de sofrimentos e de glórias. Uma História que está sacramentada na arte de seus monumentos, na força de suas tradições, na esperança de seu povo.

Na esperança de um povo que tem a difícil e inadiável missão de preservar com “arte” a arte tão presente em sua cidade, inclusive a mais atual de todas as artes: a arte de preservar a vida.

Entenda-se que preservar a vida com “arte” é ter a certeza de cumprir, verdadeiramente, seus deveres para poder exigir seus direitos. Esse é o princípio de toda vida saudável. Primeiro, perdoa-se, para poder ser perdoado; quando você respeita, é respeitado. Você ama e, como consequência, é amado. Isso é preservar a vida com arte.

Com a mesma arte que, silenciosamente, “grita” por cuidados na cidade do Penedo e anseia por sua urgente preservação.

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  • Paulo Santos Meu caro Dimas, parabéns por mais um texto maravilhoso e por fazer os que estão distante de Penedo sentir muito mais saudades. E quero aqui desejar a você e a todos os meus conterraneos felicidades pelo o aniversario de Nossa querida Penedo, de vila e no dia 18 de elevação a cidade.
  • Carlos Eloy Todo político considera-se o mais inteligente dos seres. Por essa razão, encontra o direito da distruição em sua caneta, mesmo atropelando as Leis. Valeu pelo texto!
  • Zuildson Ferrreira Alves \"Nascer em Penedo é um privilégio\".Nasci em Brejo Grande/Se e como todos da região estamos sob a influência da capital do baixo são francisco(Penedo).Tudo gira em torno dela.Fomos estudar em Penedo e fomos de canoa de torda.Que saudades!Parabéns pelo seu aniversário!!!!!!!!.Vamos cuidar bem dela,ela merece!!!!!!!!!
  • ednaldo Concordo com as palavras do autor da matéria, sou penedensem morando atualmente em Maceió, e vejo a cada dia que passa Penedo está endo totalmentge descaracterizada, já estive em outras cidades históricas e vejo que os seus governantes tntam preservar ao máximo os seus sítios históricos, os governantes, (prefeitos), muitos ignoram a verdadeira história de Penedo e não tem o cuidado de preservar seus monumentos, exemplificando: estive no cmintério de Penedo, visitando a catacumba de meu pai, e num breve olhar apurado, sentí falta de alguns mausoléus, perguntei ao seu \"Bida\" o que tinha acontecido, e estarrecido ouví do mesmo que um prefeito ignorante, Marcius Beltrão, que não tinha, nem tem compromisso com a cidade, tinha mandado demolir p/dá lugar a outros, foi-se uma parte da história daqueles que ajudaram a fazer a história de Penedol, além de ser um verdadeiro sacrilégio e falta de respeito para com nossos antepassados. Tomara que algum penedense, tome a iniciativa de preservar o que restoue não deixar que apaguem uma grande parte de nossa história.
  • Penedo é Penedo Fico transtornado, quando ouço chamarem Penedo de Ouro Preto do NE, Penedo tem suas particularidades assim como a cidade mineira tem a dela e apesar das semelhanças arquitetôncas cada uma tem sua história singular. Penedo foi o forte da resistência do conturbardo império português em terras tupiniquins, caso a invasão holandesa fosse bem sucedida, certamente não haveria esta \"Panamérica\" continental que se chama Brasil. Dentra muitas outras caracterísicas que não permitem enquadrar uma na importância da outra. Mas parabéns Prof. Dimas pela preocupação com a cidade sem algum teor de panfletagem política. E o Sr dorme num sarcófago? Mesma aparência de muitos anos atrás...
  • MARIA NÚBIA DE OLIVEIRA Dimas, meu querido consócio, parabéns pelo belo texto, no qual você qualifica a nossa Penedo de jóia. Realmente Penedo é uma linda jóia que não precisa ser lapidada. é bom que guatdem os martelos e as marretas. A pedra já nasceu polida, plena de brilho! Parabéns!
  • Roberto Lixo pode jogar fora esse discurso que não cabe mais em Penedo. Precisamos do progresso. Dimas, você é dez, mas, esse pensamento é passado.
  • Mayara o texto faz agente se sentir orgulhosa de ser penedense. precisamos lutar pela cidade. urgente.
  • gilcelia silva tudo que o falou é verdade ,é uma pena que as autoridades nao dao valor,nossa penedo merecia mais valor ,moro aqui pq gosto mesmo adoro penedo ass:sua ex aluna dimas voce é nota 10, te admiro . tchau
  • neide do conselho parabens Professor Dimas, vc foi muito feliz , neste artigo. parabens..
  • Profª liliane A cidade de Penedo realmente anseia por cuidados...Parabéns pelo texto !
  • Cleber Lisboa Pereira APESAR DE TER NASCIDO E CRIADO EM PENEDO EU NÃO ME SINTO UM PREVILEGIADO POR TER NASCIDO NESTA TERRA
  • lito san achei meio bacana a intenção do texto,mas não o texto em sí...é muito simplória a maneira de exposição do cotidiano, é muito romantico e pouco plugado na realidade, mas concordo que temos que preservar mas,sem o futuro abandonar!penedo (minúsculo mesmo!),é uma jóia que não brilha pra quem vive no barro vermelho,matadouro e outros bairros abandonados pelos governos e ocultados nessa mentira e bobagem de jóia, é uma jóia que brilha para poucos privilegiados, que tem em penedo um quintal de descanso,quando se cansam do seu lazer nas capitais que nos cercam!
  • jose É verdade. Como dizia Gilberto Gil: Entra ano sai ano e nada vem e o sertão continua ao Deus dará... Basta substituir sertão por Penedo que dá no mesmo. Aliás esta cidade é farta... de buracos e falta de vergonha dos nossos políticos que só olham p/ os teus...
  • Marcelino Cantalice Prezado Dimas; parabéns ! Demorei , mas estou chegando. Um artigo - como esse seu - merece uma atenção toda especial. Concordo, plenamente, que Penedo é linda e que pode ficar muito mais... Basta que os seus Gestores levem a sério os seus cuidados com a nossa Cidade. Faz pena assistir a tantas degradações. É triste, também, perceber como a cultura , em Penedo, seja tão relegada a não sei qual \" destino\"... Apesar dos pesares, vamos insistir e esperar que sua1450a reflexão nos ajude. Abraços. Marcelino.
  • Alexandre Tancredo Pereira Ribeiro Dimas; obrigado por seu belo relato Da linda que não precisa de polimento; Nasceu pura e, com esmerado acabamento; Valorizando a nós penedenses de fato. Os homens aos pouco vão se conscientizando No vislumbre Barroco da mais Pura Arte; Se aquele que não tem o que fazer, já parte; Ver minha nobre Penedo te perdoar chorando. Alexandre Tancredo